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A mostrar mensagens de 2007

PARA O MEU NETO DAVID

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Meu querido David Neste momento, toda a família dá o seu melhor em conselhos literários, para fazer de ti um leitor interessado. Também dei o meu, mas reflectindo, dizer-te qual o melhor autor ou a obra mais apropriada,não basta.Melhor será esclarecer-te como deves usar um livro. Ler, não é correr os olhos pelas páginas, ler em diagonal, como dizem agora. É principalmente, encarnar nas várias personagens, apreciar a maneira como o autor descreve locais, sejam eles uma paisagem, uma casa, o seu mobiliário; como nos faz compreender sentimentos e acções, como nos incita a questionar qual será a próxima actuação dos personagens, como nos faz gostar ou detestar as pessoas que coloca em cena. E a maneira como o faz,cria o seu estilo, que apreciaremos melhor cada vez que o lemos. É muito importante que ortografia seja correcta, que os substantivos, adjectivos e verbos estejam nos lugares apropriados. Mas um livro correctamente escrito, pode não ter alma. Dar à escrita esse encanto que nos fa

TEMPO DE ADVENTO

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No ano passado Somos duas senhoras respeitáveis:Gostamos é de brincar Estamos na 4ª semana do Advento e quase me apetece dizer como a minha amiga Odette Bricage dizia, quando comia qualquer coisa verdadeiramente deliciosa “je me regale” A primeira semana do Advento, passo-a a modificar a Arvore de Natal, que nunca fica bem à primeira. Antigamente, quando fazíamos uma grande árvore, ainda tinha um bocadinho de contenção; mas agora com o meu pequeno pinheiro de plástico, a tentação é enorme. Além disso, durante esta primeira semana, compro um ou dois enfeites novos, mudo de local ou modifico aqueles que tenho. Cada ser humano tem direito a ter uma falha: esta é a minha. Na segunda semana, gozo as modificações que fiz, ultimo as compras, mando Boas Festas, vivo em grande, esta época que sempre fez a minha felicidade Na terceira, a Ana e eu, dedicam

1º domingo do advento 2007

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Cumprindo a tradição, o Almoço do 1º Domingo do Advento, reuniu toda a Família, com excepção dos que vivem no estrangeiro: A Marta e o Reuben que só chegarão a 23, o André que já está na Suíça, onde é professor de snowboard e lá passará o Natal. Como é da praxe, tudo começou dias antes: retirar as decorações dos locais onde estavam guardadas, as loiças de Natal do armário, as toalhas das gavetas, experimentar as luzes, enfim, essa alegre balbúrdia, que fez a delícia da minha infância e continua a fazer, até hoje. Tenho dificuldade em compreender os comentários de algumas pessoas que frequentam a minha casa:- Mas que trabalho! Não sei como tem paciência! Como poderia considerar trabalho uma coisa que me dá tanto prazer? E a minha paciência, com a idade, é quase infinita. Na verdade, o Natal é o tempo mais feliz da minha vida. Sempre foi; mesmo quando perdi alguém muito querido, mesmo quando os tempos eram de vacas magras (é certo que as minhas vacas nunca foram esqueléticas) mesmo qu

SE EU TIVESSE 50 ANOS....

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OS DA CASA DOS " ENTA " OS NOSSOS JOVENS E ...OS MENOS JOVENS Carinho pelos mais velhos Tio Luís 94 anos. Ao entrar no meu novo Ano Privado continuo a reler os blogues de 2006.No ano passado, fiz a pergunta : Se eu tivesse 30 anos… Um ano depois,escrevo: Se tivesse 50 anos e soubesse o que sei hoje, que modificações teria feito na minha VIDA, em que mudaria o meu comportamento? A minha atenção especial, estaria centrada no muito cuidado a ter com os exemplos a dar aos jovens, em alertar aqueles que estão agora na casa dos “ enta ” para repensarem as atitudes para com os mais velhos. Os mais jovens são como o mata-borrão, que seca a tinta e deixando ficar as palavras legiveis. Parece que os exemplos que lhes damos o

OS MEU S FIÉIS DEFUNTOS II

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Tenho defuntos dos quais nem me lembro;tenho defuntos a quem recordo quase todos os dias.Mas neste dia que lhes é especialmente dedicado,recordo com um pensamento muito especial,alguns deles. Este ano,vieram-me à memória quatro mulheres que tiveram um lugar muito especial na minha vida. A primeira,porque me deu a vida,embora a minha vinda ao mundo ocorresse numa tentativa de melhorar os seus padecimentos e não por qualquer desejo intenso e amoroso de gerar um filho,é a minha mãe. Nunca tivemos qualquer relação de camaradagem, confiança, ou ternura.Não me lembro de ter corrido para o colo dela,ou de me aconchegar na sua cama numa manhã de domingo.A nossa estima mutua era a convencional estima que uma mãe deve ter pela filha e uma filha deve ter pela mãe. Mas reconheço que conseguiu transmitir-me valores morais e regras de conduta, que ainda hoje comandam muitos dos meus actos.Estou convencida que sempre quis o melhor para mim.Mas era o” melhor”, do seu ponto de vista.Muitas vez

UM ALMOÇO DE FAMILIA

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FOTO DA FAMILIA EM 27 DE OUTUB RO DE 2007 Há um ano,escrevi que o meu ano privado começava em Outubro e nada tinha a ver com o ano civil, religioso ou outro qualquer.Era meu, especialmente meu.Na altura, enumerei vários motivos:os tons, quentes, luminosos, mas não excessivamente quentes ou luminosos.Começam as tardes de inverno que, para mim que sou sedentária, são muito atractivas . Aproxima-se o dia de todos Santos, e nele eu glorifico não só os santos dos altares, mas toda aquela imensa galeria de seres simples,desconhecidos, cujas obras são feitas silenciosamente,mas que foram e são,pessoas verdadeiramente boas e santas.Logo a seguir,honramos os nossos mortos e embora o desaparecimento de alguns deles, pouco me tenha afectado e os tenha esquecido no tempo que passou,outros,neste dia,cercam o meu espírito como uma coroa de glória:todos aqueles que eu amei verdadeiramente e que provaram, com mil p

UMA QUESTÃO DE TEMPO

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A “Gazeta dos Garraus” tem-me impedido de escrever no meu blog.O meu tempo tem estado quase inteiramente dedicado a ela. A Gazeta e os “filmes”.Porque agora tenho um novo brinquedo:o Windows Movie Maker, programa que permite fazer pequenos filmes de vídeo,usando as fotografias que todos nós fazemos para recordar mais tarde os nossos filhos, pequenos e grandes, os nossos netos ,bebés que agora já são adolescentes ou mesmo adultos, acontecimentos que preencheram as nossas vidas.Com o o meu novo brinquedo,podemos mesmo tentar fazer um filme de ficção, com os nossos adolescentes a serem argumentistas,actores, montadores e com a toda a família a colaborar. Mas os meus voos,não chegam em tão alto…por enquanto!Limito-me a fazer diaporamas, organizando fotografias de vários eventos,juntando-lhe som e legendas relativas aos mesmos, que toda a família e amigos vêm confortavelmente instalados em frente de T.V. Com todas as insuficiências que ainda tenho,a minha actividade” cinéfila”, está

LAÇOS DE FAMÍLIA

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OS DEZ ANOS DA RITA E O NOSSO DECANO COM 94 ANOS MONTEMOR-O-VELHO E A MARTA Em Julho,parte da Família, deslocou-se a Montemor -o -Velho,para assistir à peça “Oito Exercícios "Para Mãe E Filha”, da autoria e representada pela minha neta mais velha , Marta. Ao primeiro dia, digamos à estreia, assistiu grande parte da Família entre os quais o pai,primas, maridos das primas, amigos e nós , seus avós .No dia seguinte, compareceu a outra metade :a mãe. irmãos, cunhado, o marido, o tio, primos, enfim todos com o principal propósito de a acompanhá-la,aplaudi-la,acarinhá-la. Toda esta gente se deslocou a Montemor,não apenas para ver a peça, que até vai ser representada em Novembro, em Lisboa,mas principalmente para lhe demonstrar quanto a amamos,como queríamos estar ao seu lado num momento tão importante da sua vida. Talvez um pouco antiquadas,a Ana e eu até encomendamos um r

OS BONS E OS MAUS DAS FITAS

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Almocei em Lisboa, no meu sossegado restaurante vegetariano, que nesse dia nada tinha de sossegado. Um ruidoso grupo de cinco pessoas impunham as suas opiniões, ruidosamente, a um sexto conviva, que não tinha tempo de manifestar as suas e muito menos contestar as dos outros. Se normalmente sou curiosa sobre as conversas de terceiros, aquele grupo fascinou-me. Os cinco pareciam muito preocupados com as desgraças dos povos oprimidos, dividindo com desembaraço, a humanidade em BONS e MAUS. Como nem sequer eram muito jovens, admirei-me que não compreendessem como essa atitude era insensata. Podemos dividir os Homens em BONS e MAUS, mas não podemos aplicar tal divisão a a uma Nação. Um povo, uma raça, uma religião, não pode ser inteiramente boa ou inteiramente má; ou então, estamos ardilosamente a chamar bons àqueles de quem gostamos e malvados aos outros, que não nos agradam: os Bons e os Maus das fitas de cowboys ou policias e ladrões, que víamos na nossa meninice. Aqueles a quem chama

AS FÉRIAS

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SANTA CRUZ AGOSTO DE 2006 Novamente, parte das minhas férias foram passadas junto da família, em Stª Cruz. Santa Cruz é o local onde decorrem grande parte das nossas reuniões familiares. De facto, excepto o Natal e os aniversários, quando nos dividimos por tribos mais chegadas, é lá que festejamos a Páscoa, o Dia de Todos os Santos, os Santos Populares, ou simplesmente passamos um fim de semana para estarmos juntos. È certo que, actualmente, isso já não é uma praxe tão habitual como antigamente. Temos filhos, netos, estamos velhos e egoístas demais para sacrificarmos tudo em favor da tradição. Também já não temos tanta paciência para nos aturarmos uns aos outros, com as nossas pequenas implicâncias, a maneira como cada um tem de ver a vida e que julga ser a melhor. Mas acredito que isso em nada afecta a nossa amizade, e quando nos juntamos, é com verdadeiro prazer que o fazemos, aceitando os outros tal qual são. Aqui

O JORNAL A FAMILIA

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A Aldeia das Carreiras,onde há mais de cem anos nasceram os nossos avós Hoje, dirijo-me muito especialmente às avós, para lhes contar algo que me aconteceu e que está a tornar-se ,talvez, num dos momentos mais satisfatórios da minha vida.Não só para lhes contar, mas para as incitar a fazerem o mesmo De vez em quando, sentimos a família um bocadinho dispersa. Os mais velhos, porque são comodistas e achacados , não se mexem dos seus ninhos aconchegados. Os do meio, andam atarefados a construir o futuro. Os jovens, em vez de andarem ,correm. E porque a maior parte foram criados com muito amor, nem se apercebem como é bom pertencer a um clã. Mas é possível, fácil e até muito divertido, conseguir uma maior ligação entre os vários membros da família, sem que isso obrigue a longas missivas, visitas ou mesmo telefonemas. Vou dizer-lhes como. Tudo começou quase por brincadeira. A minha prima Ana e eu, resolvemos fazer um jornalzinho para a Família. Talvez porque pertencendo à geração d

A MINHA BOLA DE SABÃO

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Relendo o meu blog, verifiquei que falo principalmente de mim, da minha família, dos meus amigos e conhecidos, enfim, daquela bola de sabão, colorida e translúcida. onde viajo pelo meu universo. Até parece que para mim não existem acontecimentos perturbadores. Que não há guerras desgastantes, terrorismo, morte; maridos que espancam as mulheres, velhos que são abandonados em lares miseráveis ou nos hospitais públicos; crianças que são levadas para proporcionarem às bem organizadas redes de pedofilia chorudos lucros;jovens casais que trocam de estado com a maior leviandade, sem pensarem nos filhos que sobram dessas uniões; nos hábitos de educação e gentileza que se deterioram dia para dia; nos milhares de bebés indianos que são mortos pelas próprias mães, só porque são meninas; nas alterações climáticas que se agravam de tal modo, que já todos as podemos notar. Penso e fico incomodada com a minha impotência perante tais acontecimentos. Por muito dinheiro que desse às organizações que ten

OS MACACOS SÁBIOS

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Ofereceram-me um estatueta dos três macacos sábios, aqueles que fecham os olhos, os ouvidos e a boca com as suas mãozinhas peludas. Em geral, eles funcionam como um sábio conselho para viver entre os homens. Gosto dos macaquinhos que são pequenos, delicados e até muito divertidos. Mas serão sábios os conselhos que nos dão? “não VER não OUVIR e CALAR “ NÃO VER Não há nada pior do que ver e fingir que não se vê, ou, inconscientemente, não querer ver. Usar ou não usar o que observamos, é uma coisa que o nosso bom senso deve decidir. Mas não ver, NUNCA. Normalmente, conduz aos piores resultados. NÃO OUVIR. Não podemos deixar de ouvir.Podemos ouvir encantados uma conversa fascinante, um debate que nos interesse, a harmonia da musica; Podemos ouvir com receio, por suspeitarmos ir escutar algo que nos desagradará. Podemos ouvir por mexerique, num ávido farejar de defeitos e escândalos, num secreto conforto pelas faltas dos outros compensarem as nossas. Podemos ouvir por caridade, qu

AS FÉRIAS DO ESPIRITO

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Há muito, muito tempo, que o meu espírito não desfrutava de tal vadiagem e os meus pensamentos não eram tão liberalmente dispersos. Nesta Cúria bucólica, o meu físico e o meu espírito, descansaram em igual indolência. O corpo, ocupava o tempo entre ir buscar o meu marido tolhido pele ácido úrico !!! à “Buvette” (dizer bebedouro, à portuguesa, não soa muito bem) ou ao Spa,onde sofria as torturas do duche escocês e as massagens vigorosas duma alentada senhora; os almoços nos simpáticos e oportunistas snak-bares e a conversa informal, ao fim da tarde ,no salão elegantemente conservador deste pequeno “Hotel de Charme”. Os nossos emperrados maridos, faziamem Sudoku, viam na televisão o Canal Odisseia, o CSI, que imediatamente eram relegados em favor dos sub- 21,ou da gloriosa selecção. Quanto ao meu espírito, entrou de férias.Como o Azi (o meu P.C), ficou em casa, bem agasalhado e protegido pelas inúmeras capinhas de plástico que o cobrem durante a minha ausência, as minhas tarefas inf

OS VELHOS

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Os Idosos, só por serem velhos, podem ser impertinentes, déspotas, conflituosos? Esta pergunta foi- me feita por uma adolescente, cujos avós, marido e mulher vivem em perpetuas disputas um com o outro, complicando a vida de toda a família. Pensei em todos os casais idosos que conheço, começando por mim, e cheguei à triste conclusão que a resposta à minha amiguinha era SIM. E, não querendo defender as mulheres, conclui, depois da análise feita aos pares,que com incidência de despotismo, arrogância e má educação nos homens.As mulheres também podem ser agressivas e muito implicativas, mas de forma geral, calam-se, refilam um pouco, queixam-se aos filhos ou às amigas, mas nunca lhes devolvem os argumentos por inteiro. Mas porque motivo, pessoas que viveram tantos anos juntas, não se entendem ,não conseguindo viver em paz e harmonia? Penso que na vida dessas pessoas há certas ocasiões em que um deles pode estar de tal modo impaciente, que não poderá enfrentar implicações, críticas, nem s

A PERFEIÇÃO DO CIRCULO

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Cada dia fico mais fascinada pela Perfeição do Circulo. E não me refiro à figura geométrica, mas sim ao círculo onde decorre toda a nossa vida, desde o momento que nascemos até aquele em que partimos definitivamente. Todo esse círculo da vida é preenchido por ocorrências, planos, projectos, que nós pensamos determinar, mas que por vezes fogem ao nosso controle e desejos. Saber navegar nele com harmonia e paz é uma ciência que só chega com a idade…quando chega. Meditei na Perfeição do Ciclo, porque na véspera do Dia da Mãe, tive parte do “meu rebanho” a almoçar comigo. Gosto sempre de os ter cá. Se forem todos, melhor ainda, mas quando isso acontece,a minha experiência ensinou-me a transformar o almoço formal num Bufete, que implica pratos simples, que podem ser confeccionados com antecedência, e bastante espaço para todos se movimentarem. Mas com almoço formal ou bufete é uma ocasião muito feliz para mim e é sempre um prazer Procuro dar um certo sentido tradicional a esses even

AMIGOS

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Perguntaram-me como arranjava eu tantos amigos. A minha resposta foi imediata: depende do que se entende por AMIGOS. Pessoas com quem estabeleço relações cordiais, tenho algumas. AMIGOS, tenho dois conjuntos e meio, isto é, dois casais e a viúva dum grande amigo . E mesmo entre esses amigos queridos, com os quais sei que posso contar, que acompanharam todos os momentos festivos da minha vida e todas as angústias, há diferenças. Não porque estime menos os outros, mas porque ser amigo integralmente, além de amizade sincera, prontidão no auxílio, é necessária uma dose de afinidade e compreensão muito difícil de conseguir. Como defino um AMIGO? O meu marido, um tanto cinicamente, diz que amigo é aquele que, se lhe pedirmos dinheiro emprestado, o empresta sem hesitação. Eu diria que amigo é aquele que, sabendo-me em dificuldades, me oferecerá ajuda monetária sem que eu a peça. Mas o meu marido emite opiniões com as quais não concorda, só para escandalizar as pessoas. Para mim, AMIGO é aq

O ESTADO DA FAMILIA

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Neste tempo, em que casar e descasar é mais fácil do que arranjar um empréstimo bancário, lembrei-me duma sentença popular, que talvez explique o saldo de separações entre duas pessoas que, quase sempre com Pompa e Circunstância, juraram pertencer um ao outro para sempre. È muito oportuno meditarmos neste velho ditado popular, diferente em cada região, mas com o profundo significado Pais temos os que podemos Filhos os que merecemos Maridos os que escolhemos Pais, de facto, temos os que podemos.Não os pedimos, não os escolhemos, devemos a aceita-los tal como são. Se benéficos, demos graças; se aceitáveis, lembremo-nos que ninguém é perfeito; se francamente maus, tentemos nós ser melhores, seguir o nosso rumo com o pouco ou nada que eles nos deram. Mas serão sempre nossos pais, quer gostemos deles ou não . Filhos, temos os que merecemos. E devemos admitir essa verdade, que pode