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A mostrar mensagens de fevereiro, 2008

O ALBUM / 2 COMO SERIA SE...

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Há grand e movimento na minha casa.Painéis de cartolina espalham-se pelo sofá, pelas mesas, até em cima da cama, à espera de serem penduradas, o meu secador de cabelo funciona, tentando descolar a fita-cola que o meu sócio se lembrou de usar na colagem das fotografias. São montes delas, agrupadas por épocas, que descansam no chão, esperando a sua vez de serem colocadas definitivamente (espero eu) na sua morada derradeira. Passo por elas a todo o momento e recordo que representam: momentos da nossa vida de solteiros, de jovem casal, dos filhos, dos netos, dos amigos, dos muitos lugares que visitámos, de momentos da nossa vida, muito felizes e muito maus. Recordam-me os nossos mortos, pessoas que amamos ou de quem mal guardamos recordações ,mas que fizeram parte das famílias a que pertencemos. Nas minhas reflexões, questiono-me: e, se naquele longínquo Domingo Gordo de 1950 eu não tivesse ido com os meus tios e primas ao Carnaval de Torres Vedras, não ao Carnaval de hoje, mas a um bail

O ALBUM / 2 COMO SERIA SE...

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Há grand e movimento na minha casa.Painéis de cartolina espalham-se pelo sofá, pelas mesas, até em cima da cama, à espera de serem penduradas, o meu secador de cabelo funciona, tentando descolar a fita-cola que o meu sócio se lembrou de usar na colagem das fotografias. São montes delas, agrupadas por épocas, que descansam no chão, esperando a sua vez de serem colocadas definitivamente (espero eu) na sua morada derradeira. Passo por elas a todo o momento e recordo que representam: momentos da nossa vida de solteiros, de jovem casal, dos filhos, dos netos, dos amigos, dos muitos lugares que visitámos, de momentos da nossa vida, muito felizes e muito maus. Recordam-me os nossos mortos, pessoas que amamos ou de quem mal guardamos recordações ,mas que fizeram parte das famílias a que pertencemos. Nas minhas reflexões, questiono-me: e, se naquele longínquo Domingo Gordo de 1950 eu não tivesse ido com os meus tios e primas ao Carnaval de Torres Vedras, não ao Carnaval de hoje, mas a um bail

O ALBUM / 2 COMO SERIA SE...

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Há grand e movimento na minha casa.Painéis de cartolina espalham-se pelo sofá, pelas mesas, até em cima da cama, à espera de serem penduradas; é o meu secador de cabelo a funcionar, tentando descolar a fita-cola que o meu sócio se lembrou de usar na colagem das fotografias. São montes delas, agrupadas por épocas, que descansam no chão, esperando a sua vez de serem colocadas definitivamente (espero eu) na sua morada derradeira. Como passo por elas a todo o momento, recordo-me do que representam: momentos da nossa vida de solteiros, de jovem casal, dos filhos, dos netos, dos amigos, dos muitos lugares que visitámos, de momentos da nossa vida, muito felizes e muito maus. Recordam-me os nossos mortos, pessoas que amamos ou de quem mal guardamos recordações ,mas que fizeram parte das famílias a que pertencemos. Nas minhas reflexões, questiono-me: e, se naquele longínquo Domingo Gordo de 1950 eu não tivesse ido com os meus tios e primas ao Carnaval de Torres Vedras, não ao Carnaval de hoje,

O ALBUM

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O meu sócio, na firma Reis & Ferreira, começou no princípio do an0 a “ Desmantela” o Album de Familia, ao qual eu chamo “elefante branco”. Era um monstro medieval, com 35 cm de comprimento e 30cm de altura (!)com capas de madeira polida e ferragens dignas dum baú da idade média; um objecto que ninguém podia consultar a não ser com a ajuda do Sr Reis, e só era razoavelmente visto ,quando transportado com grande esforço, para mesa da casa de jantar. Quanto aos retratos, estava perfeito. Poucas famílias terão um monumento daqueles, com retratos que vêm dos nossos avós. E embora os jovens e os menos jovens da família gostassem de ver os “antigos”, a maçada era tanta e as recomendações do autor-organizador da “galeria”,tão rigorosas, que mal se atreviam a sugerir uma olhadela e pelo contrário ,quando o avô sugeria que vissem este ou aquele bisavô, as respostas eram dadas na negativa, embora com toda a delicadeza que a situação exigia. Em face das dificuldades que uma visita ao elefa

RAIO DE SOL

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Tens 20 semanas e és um rapaz. E eu, que sempre pensava em ti como uma milagrosa multiplicação de células , agora imagino os teus bracinhos com as suas pequenas mãos a abrirem e fecharem, as pernas gordinhas,que em breve se agitarão em loucas brincadeiras, o teu rosto ainda impreciso mas que vai entendendo o mundo em que está. Continuarei a chamar-te Raio de Sol, enquanto os teus pais não te derem um nome. Sempre serás o meu Raio de Sol, mas sê-lo-ás só no meu coração, porque compreendo que, para o rapaz que tu serás aos dez anos, seria embaraçoso ter uma avó a chamar-lhe raio de sol. Imagino o teu primo David, se eu lhe chamasse agora “Meu Príncipe de Ouro”! . Era assim que lhe chamava quando ele era pequeno.Meus Principes,quando ainda desconhecia se seria uma princesa ou um príncipe.