A IRA
Ultimamente, tenho meditado sobre os sete pecados mortais; não por uma questão de céu ou inferno, mas porque qualquer deles desclassifica totalmente uma pessoa como um ser humano digno de respeito. Tudo isto, porque há pouco tempo assisti a uma demonstração de IRA, que me deixou seriamente perturbada.Não foi uma cena de rua, entre gente de baixa classe.Não foi sequer entre pessoas com quem não convivesse frequentemente, daqueles banais conhecimentos de café, gente que cumprimentamos e logo em seguida esquecemos até ao próximo encontro. Não. Foi uma pessoa que faz parte do meu círculo de convivência diária, a quem conheço há muitos anos, com quem sempre convivi, a quem julgava conhecer todas as nuances do seu carácter difícil. È uma pessoa a quem sempre conheci irascível, impaciente, pouco habituada a sofrer contrariedades. Mas também capaz de as aceitar quando era posto em frente de factos consumados, principalmente quando essas contrariedades tinham sido ocasionadas por si. Mas a cen