A IRA
Ultimamente, tenho meditado sobre os sete pecados mortais; não por uma questão de céu ou inferno, mas porque qualquer deles desclassifica totalmente uma pessoa como um ser humano digno de respeito.
Tudo isto, porque há pouco tempo assisti a uma demonstração de IRA, que me deixou seriamente perturbada.Não foi uma cena de rua, entre gente de baixa classe.Não foi sequer entre pessoas com quem não convivesse frequentemente, daqueles banais conhecimentos de café, gente que cumprimentamos e logo em seguida esquecemos até ao próximo encontro.
Não. Foi uma pessoa que faz parte do meu círculo de convivência diária, a quem conheço há muitos anos, com quem sempre convivi, a quem julgava conhecer todas as nuances do seu carácter difícil.
È uma pessoa a quem sempre conheci irascível, impaciente, pouco habituada a sofrer contrariedades. Mas também capaz de as aceitar quando era posto em frente de factos consumados, principalmente quando essas contrariedades tinham sido ocasionadas por si.
Mas a cena a que assisti, foi um descontrolo total, a incapacidade de dominar gestos e palavras, um rosto congestionado, um olhar alucinado ,um entaramelar de voz de quem já nem se escutava a si próprio. acima de um arrazoado de palavras que não faziam sentido.
Tudo isto, porque há pouco tempo assisti a uma demonstração de IRA, que me deixou seriamente perturbada.Não foi uma cena de rua, entre gente de baixa classe.Não foi sequer entre pessoas com quem não convivesse frequentemente, daqueles banais conhecimentos de café, gente que cumprimentamos e logo em seguida esquecemos até ao próximo encontro.
Não. Foi uma pessoa que faz parte do meu círculo de convivência diária, a quem conheço há muitos anos, com quem sempre convivi, a quem julgava conhecer todas as nuances do seu carácter difícil.
È uma pessoa a quem sempre conheci irascível, impaciente, pouco habituada a sofrer contrariedades. Mas também capaz de as aceitar quando era posto em frente de factos consumados, principalmente quando essas contrariedades tinham sido ocasionadas por si.
Mas a cena a que assisti, foi um descontrolo total, a incapacidade de dominar gestos e palavras, um rosto congestionado, um olhar alucinado ,um entaramelar de voz de quem já nem se escutava a si próprio. acima de um arrazoado de palavras que não faziam sentido.
Foi uma cena horrível, deprimente, que nos deixou, a mim e a quem ela assistiu, incapazes de qualquer gesto ou palavra a não ser o afastarmo-nos, dando-lhe tempo a acalmar-se. Mais tarde, o embaraço de pensar no próximo reencontro, sabendo que seríamos incapazes de fingir que nada tinha acontecido, mas igualmente incapazes de uma crítica ao seu comportamento, Tudo em nome duma amizade de muitos anos. Como vinha acontecendo há muito tempo, evitaríamos conversas que pudessem levar a uma repetição da cena, 0 que seria difícil, porque qualquer assunto que não estivesse de acordo com as suas opiniões, poderia provoca-la.Usaríamos o subterfúgio das frases banais e inofensivas.com o íntimo desejo que ele partisse ou que nem sequer chegasse. Mas essa atitude confrange-me ,porque é já um afastamento e uma rejeição.
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