PAUSA PARA UM ALMOÇO
A VELHICE É COMO UMA CONTA BANCÁRIA;SÓ PODEMOS TIRAR O QUE DEPOSITAMOS De um anónimo muito sábio Recebi ontem um telefonema da minha amiga X convidando-me para almoçar com ela em Lisboa. Fomos almoçar ao nosso habituaL restaurante vegetariano, no Chiado. E “ como pelo andar da carruagem, se vê quem vai lá dentro ” deduzi que iríamos ter a nossa habitual conversa de queixumes familiares. Não me enganei. Desta vez. tendo ficado a pensar na minha alegre reunião familiar, pela Páscoa, decidira fazer uma surpresa às netas, convidando-as para almoçarem com ela na Baixa; depois iriam ao cinema ver um filme que ela desejava há muito ver e assim passariam uma tarde muito feliz. As netas tinham inventado uma desculpa tola e tinham recusado o convite sem qualquer consideração pelas boas intenções dela. E até já comprara os bilhetes para o cinema! Não achava eu, ter sido uma desfeita da parte delas e até uma prova da má educação que os pais lhe davam? Não, eu não achava. O que me parecia era te