EU E O JUIZ
Dentro de cada português existe um juiz. Estamos sempre prontos não só a opinar sobre as outras pessoas, como a julgá-las Como se fôssemos diferentes, muito acima deles, mais do que juízes, quase deuses. E eu não fujo à regra. Tal como os outros, não só comento, como julgo e penso que eu faria muito melhor. Vem tudo isto a propósito dum acontecimento triste, que se deu com os amigos nossos. A única e muito amada neta da minha amiga,,vai divorciar-se. A notícia foi triste e inesperada: Mónica, casada há 11 anos, mãe dum rapaz de 10, vai divorciar-se. Foi triste, porque no meio de tudo, está uma criança, que até agora teve um pai divertido que o colocava nos ombros para lhe mostrar o mundo, que rebolava com ele pelo chão, que lhe atirava a bola esperando que ele a devolvesse, que presentemente é seu companheiro fiel dos jogos de futebol e o ajuda a construir modelos de barcos. E agora, vai não só perde-lo, como ser partilhado, disputado, dividido. Isto, se tudo correr pelo melhor. Em ca