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A mostrar mensagens de março 18, 2010

O FORMIGUEIRO

Sempre gostei dos sítios onde vivi. E penso que devo essa benesse à minha avó, que durante os anos da nossa convivência mais constante, entre os meus onze e dezoito anos, procurou mostra-me que o importante é fazer com prazer tudo quanto temos a fazer, gostar de cada momento que vivemos e não ambicionar por acontecimentos e ocasiões que talvez nunca cheguem. Gostei da grande casa de Maximinos , para onde fomos viver em Braga, um casarão solitário, de tectos enormes, rodeado por uma quinta meio selvagem, naquele tempo bem longe da cidade. Gostei do colégio, austero como convêm a um antigo convento adaptado a escola de meninas (as aulas de musica, de bordados e “boas maneiras” onde aprendíamos coisas incríveis nos dias de hoje, eram dadas nas antigas celas dos frades) tão diferente na rigidez, no espaço, na maneira do ensino, da mestrinha onde eu andara até deixar Lisboa. Gostei da velha e opulenta cidade de granito, conservadora, onde se vivia tranquilamente, a compasso, seguindo r