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A mostrar mensagens de outubro 4, 2011

AS TOUPEIRAS DE MAXIMINOS

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Enquanto vivi na Quinta de Maximinos, em Braga, ocupava os meus ócios passeando entre as Laranjeiras e lendo Cesário Verde à sombra duma macieira. Sentia-me uma das heroínas de Júlio Dinis e até a casa parecia-me semelhante às casas minhotas descritas pelo autor. Mas a quinta além das flores e do seu ar campestre tinha toupeiras, que desesperavam o caseiro pois não havia campo de milho cujas raízes escapassem à sua voracidade Na verdade, eram tantas que caíam f acilmente nas armadilhas e chegaram para dois casacos de peles que a Manela e a Malena usavam com muito orgulho. Eram lindos, dum cinzento azulado e brilhante e o especialista que tratava das peles deixava-as impecáveis.A seguir o Mestre Peleiro cosia-as tão habilmente que mais parecia uma só pele com desenhos naturais. Mas de facto as toupeiras eram demais e descaradas, fazendo enormes buracos no terreno onde se não tivéssemos cuidado, metíamos o pé e era trambolhão pela certa Pensando nas toupeiras, ocorreu-me