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A mostrar mensagens de julho, 2011

EU PECADORA ME CONFESSO....

Confesso o egoísmo, a indiferença, o desamor que me levam a ignorar atitudes que certas pessoas têm para comigo. Isto vem a propósito da minha amiga Abelha, vítima da doença de Parkinson que lhe dificulta a fala, direi melhor, que torna ininteligíveis as suas palavras, que só anda apoiada ao braço do marido e com muita dificuldade e que apesar dessas condições tão difíceis, enfeita com flores secas, botões coloridos e até massas de vários feitos e cores molduras de madeira para os retratos dos meus netos e bisnetos.Ofertas de amor que eu agradeço sem entusiasmo e algo enfadada. É claro que não é assim tão rude como estou a expor, mas pouco falta. E quando me impaciento com a sua mentalidade já um pouco afectada pela doença, ignoro quanto quanto carinho por mim, representa o seu trabalho. Esquecendo-me do que ela foi, (chamamos-lhe Abelha, porque ela sempre nos lembrou esse insecto, com os seus gestos activos) recordo-me apenas do que ela é agora, sem repara

O ERRO DA CRIAÇÃO

Sempre pensei haver algo errado na obra do CRIADOR com respeito aos humanos. Quando precisamos de raciocínio claro, de um cérebro frio e coração estável, somos demasiado jovens para analisar o que é melhor para nós e que os nossos desejos mais queridos, maior parte das vezes são insensatos e perigosos. Então, levamos tanto tempo a adquirir experiência, a entender o que a vida nos ensina, a considerar o que aprendemos de bom e de mau, que sobra-nos pouco para utilizarmos em benefício de filhos e de netos. Isto era se eles os aceitassem, o que raramente acontece, principalmente com os jovens. É próprio da natureza deles aprenderem sempre da pior forma, em experiências pessoais dolorosas. Mas para as pessoas da minha geração que aprenderam com os conhecimentos adquiridos pela prática, é muito difícil antever os resultados da teimosia dos jovens e nada poder fazer. A não ser ajudar a compor os pedaços partidos de sonhos desfeitos. Há muito tempo que tento aceitar a ge