O ERRO DA CRIAÇÃO
Quando precisamos de raciocínio claro, de um cérebro frio e coração estável, somos demasiado jovens para analisar o que é melhor para nós e que os nossos desejos mais queridos, maior parte das vezes são insensatos e perigosos. Então, levamos tanto tempo a adquirir experiência, a entender o que a vida nos ensina, a considerar o que aprendemos de bom e de mau, que sobra-nos pouco para utilizarmos em benefício de filhos e de netos. Isto era se eles os aceitassem, o que raramente acontece, principalmente com os jovens.
É próprio da natureza deles aprenderem sempre da pior forma, em experiências pessoais dolorosas. Mas para as pessoas da minha geração que aprenderam com os conhecimentos adquiridos pela prática, é muito difícil antever os resultados da teimosia dos jovens e nada poder fazer. A não ser ajudar a compor os pedaços partidos de sonhos desfeitos.
Há muito tempo que tento aceitar a gente nova, porque também já pensei que pais e avós eram seres prepotentes incapazes de compreenderem a minha sensibilidade. Mas creio que certos jovens ultrapassam e muito, tudo quanto é razoável e em conformidade com as boas normas.
As normas que governam a convivência social não foram impostas arbitrariamente. Nasceram da necessidade de harmonia, da moralidade e dos costumes, de perseverar uma maneira de estar na vida que faça da convivência um aspecto agradável da existência. A cortesia, as boas maneiras, a educação. serão sempre a essência do comportamento. As regras evoluem, adaptam-se, podem até variar segundo os povos, os lugares e as culturas, mas existem sempre. Elas são objecto de aprendizagem e aperfeiçoamento. E o resultado será tanto melhor quanto mais naturais e adquiridas na origem Cícero
quanto mais naturais e adquiridas na origem , quer dizer numa longa tradição familiar, onde seja natural pais e filhos sentarem-se à mesma mesa e conversarem dos assuntos do seu dia, onde a televisão esteja muda no seu canto da casa, onde seja absolutamente natural as crianças e os jovens ajudarem a levantar a mesa, onde os pais apesar dos possíveis aborrecimentos e ocupações reservam um momento para ouvirem os filhos. É uma utopia? Não é, porque conheço várias famílias que agem assim, apesar dos s seus jovens frequentarem discotecas e irem a concertos pop de serem fãs do facebok
Não gosto da palavra “rasca” e sobretudo aplicada a uma geração. Não há gerações “rascas”. Há membros de várias gerações que são reles e querem transformar os seus comportamentos grosseiros em moda.
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