A PERFEIÇÃO DO CIRCULO
Cada dia fico mais fascinada pela Perfeição do Circulo. E não me refiro à figura geométrica, mas sim ao círculo onde decorre toda a nossa vida, desde o momento que nascemos até aquele em que partimos definitivamente. Todo esse círculo da vida é preenchido por ocorrências, planos, projectos, que nós pensamos determinar, mas que por vezes fogem ao nosso controle e desejos. Saber navegar nele com harmonia e paz é uma ciência que só chega com a idade…quando chega.
Meditei na Perfeição do Ciclo, porque na véspera do Dia da Mãe, tive parte do “meu rebanho” a almoçar comigo.
Gosto sempre de os ter cá. Se forem todos, melhor ainda, mas quando isso acontece,a minha experiência ensinou-me a transformar o almoço formal num Bufete, que implica pratos simples, que podem ser confeccionados com antecedência, e bastante espaço para todos se movimentarem.
Mas com almoço formal ou bufete é uma ocasião muito feliz para mim e é sempre um prazer Procuro dar um certo sentido tradicional a esses eventos, porque os meus filhos e netos, não têm por costume fazer da minha casa um restaurante, onde chegam inesperadamente para comer e partem de seguida. Isso acontece por vários motivos: porque eu moro em Paço de Arcos e eles trabalham em Lisboa ou Palmela, ou porque têm uma vida muito ocupada e apressada durante toda a semana.
Como sou conservadora e gosto de dar aos acontecimentos banais, um certo ar de festa, faço de vez em quando, mais ao menos com as estações do ano, um almoço com “tema”. Agora que estamos na Primavera, foi a Caldeirada à Fragateiro em que o meu “Chefe” é especialista; no Inverno surgem as “Papas de Sarrabulho” receita que eu trouxe do Minho, onde este prato é a Jóia da Coroa de todas as cidades minhotas; no Verão irei inventar um repasto fresco e leve, enfim uma maneira simples e fácil para mim, de os ter cá de vez em quando.
Demos os devidos louvores ao cozinheiro, conversamos, rimos , vimos no leitor de D.V.D as fotografias do Natal e da Páscoa, a Sara falou da sua experiência na Irlanda, o André contou coisas da Suiça, eu entusiasmei-me a mostrar-lhes as minhas habilidades no “Azimov”(o meu computador) .
Foi então que me apercebi da Perfeição do Circulo, porque percebi igualmente, que estávamos todos desejosos de fechar o circulo daquele dia. Não por não gostarmos de estar juntos, mas porque a era tempo de o fechar.
O meu dia tinha sido agradável arranjando tudo o melhor possível. apreciando o momento, em que tudo em ordem esperava ouvir a campainha e o seu alegre tagarelar Desfrutei um agradável almoço com pessoas de quem gosto muito. A caldeirada estava excelente, frutas eram as indicadas, o bolo estava óptimo Café, coitado, é que não fora grande coisa. Mas também numa feliz reunião familiar, quem se importa se o café não for excepcional?
Pelo lado deles, creio que acontecia o mesmo. Tiveram uma manhã tranquila, gostaram do almoço, foram alegres e gentis, levemente zombeteiro que é atributo da gente nova, mas a certa altura, desejavam regressar às suas casas ou a um convívio com amigos.
Eles partiram e eu, terminadas a arrumações voltei ao meu Windows Office 2007,que me tem dado que fazer.
Só um de nós não conseguiu fechar o seu círculo diário o que o deixou bastante frustrado. Foi o meu "Chefe", que no meio da prosa geral, não arranjou espaço para incluir as suas teses de “ainda há-de ser pior” referindo-se ao mundo, ou dar uma lição sobre qualquer coisa. Nem mesmo ao David, (que é o que fala menos) que entretinha-se a comer as uvas bago a bago, olhando para o infinito.
E se falo sobre este tema é porque conheço algumas pessoas, bastantes, que apesar de estarem sempre a falar das visitas dos filhos e netos como se fosse o expoente máximo da felicidade, ao mesmo tempo lamentam-se do trabalho, confusão e cansaço que essas visitas lhes causam, pelas muitas vezes que se repetem.
Avós,Pais, Filhos e Netos compreendam que estar juntos deve ser um prazer e não uma obrigação. Reuniões muito elaboradas, muito frequentes,nunca serão motivo de prazer para pessoas de idade ou muito ocupadas.A vida, deve ser vivida por cada um e não à custa sacrifício de cada um.E deve ser simples,longe do falso cerimonial que obrigava a uma estendal de pratos e talheres e de imensos tachos na cozinha.Não chegando ao extremo de pratos e copos de papel,garanto que podemos receber filhos e netos ( de vez em quando!) com um mínimo de trabalho e muito prazer.
Meditei na Perfeição do Ciclo, porque na véspera do Dia da Mãe, tive parte do “meu rebanho” a almoçar comigo.
Gosto sempre de os ter cá. Se forem todos, melhor ainda, mas quando isso acontece,a minha experiência ensinou-me a transformar o almoço formal num Bufete, que implica pratos simples, que podem ser confeccionados com antecedência, e bastante espaço para todos se movimentarem.
Mas com almoço formal ou bufete é uma ocasião muito feliz para mim e é sempre um prazer Procuro dar um certo sentido tradicional a esses eventos, porque os meus filhos e netos, não têm por costume fazer da minha casa um restaurante, onde chegam inesperadamente para comer e partem de seguida. Isso acontece por vários motivos: porque eu moro em Paço de Arcos e eles trabalham em Lisboa ou Palmela, ou porque têm uma vida muito ocupada e apressada durante toda a semana.
Como sou conservadora e gosto de dar aos acontecimentos banais, um certo ar de festa, faço de vez em quando, mais ao menos com as estações do ano, um almoço com “tema”. Agora que estamos na Primavera, foi a Caldeirada à Fragateiro em que o meu “Chefe” é especialista; no Inverno surgem as “Papas de Sarrabulho” receita que eu trouxe do Minho, onde este prato é a Jóia da Coroa de todas as cidades minhotas; no Verão irei inventar um repasto fresco e leve, enfim uma maneira simples e fácil para mim, de os ter cá de vez em quando.
Demos os devidos louvores ao cozinheiro, conversamos, rimos , vimos no leitor de D.V.D as fotografias do Natal e da Páscoa, a Sara falou da sua experiência na Irlanda, o André contou coisas da Suiça, eu entusiasmei-me a mostrar-lhes as minhas habilidades no “Azimov”(o meu computador) .
Foi então que me apercebi da Perfeição do Circulo, porque percebi igualmente, que estávamos todos desejosos de fechar o circulo daquele dia. Não por não gostarmos de estar juntos, mas porque a era tempo de o fechar.
O meu dia tinha sido agradável arranjando tudo o melhor possível. apreciando o momento, em que tudo em ordem esperava ouvir a campainha e o seu alegre tagarelar Desfrutei um agradável almoço com pessoas de quem gosto muito. A caldeirada estava excelente, frutas eram as indicadas, o bolo estava óptimo Café, coitado, é que não fora grande coisa. Mas também numa feliz reunião familiar, quem se importa se o café não for excepcional?
Pelo lado deles, creio que acontecia o mesmo. Tiveram uma manhã tranquila, gostaram do almoço, foram alegres e gentis, levemente zombeteiro que é atributo da gente nova, mas a certa altura, desejavam regressar às suas casas ou a um convívio com amigos.
Eles partiram e eu, terminadas a arrumações voltei ao meu Windows Office 2007,que me tem dado que fazer.
Só um de nós não conseguiu fechar o seu círculo diário o que o deixou bastante frustrado. Foi o meu "Chefe", que no meio da prosa geral, não arranjou espaço para incluir as suas teses de “ainda há-de ser pior” referindo-se ao mundo, ou dar uma lição sobre qualquer coisa. Nem mesmo ao David, (que é o que fala menos) que entretinha-se a comer as uvas bago a bago, olhando para o infinito.
E se falo sobre este tema é porque conheço algumas pessoas, bastantes, que apesar de estarem sempre a falar das visitas dos filhos e netos como se fosse o expoente máximo da felicidade, ao mesmo tempo lamentam-se do trabalho, confusão e cansaço que essas visitas lhes causam, pelas muitas vezes que se repetem.
Avós,Pais, Filhos e Netos compreendam que estar juntos deve ser um prazer e não uma obrigação. Reuniões muito elaboradas, muito frequentes,nunca serão motivo de prazer para pessoas de idade ou muito ocupadas.A vida, deve ser vivida por cada um e não à custa sacrifício de cada um.E deve ser simples,longe do falso cerimonial que obrigava a uma estendal de pratos e talheres e de imensos tachos na cozinha.Não chegando ao extremo de pratos e copos de papel,garanto que podemos receber filhos e netos ( de vez em quando!) com um mínimo de trabalho e muito prazer.
Mami Reis!! Tanto tempo! Espero que esteja em boa forma, ali à beira do mar/boca do Tejo.
ResponderEliminarE este post já é do passado, mas tanto faz, gostei muito. Em efeito, já vi uma foto publicada no blog há poucos dias no site da Marjan, um almoço em família. Perguntei-a se a M. R. nãi esteve na foto. Se calhar é simples coincidência, mas no início de Abril, eu publiquei textos nos meus 2 blogs (peço desculpas, os dois em inglês) sobre o conceito
do circulo. Interessante portanto ler esta sua visão.
Hoje, o meu blog Time & a Word faz anos (um). Que coisa estranha!
Bjs,
Stewart