SE EU TIVESSE 50 ANOS....
OS DA CASA DOS "ENTA"
OS NOSSOS JOVENS E ...OS MENOS JOVENS
Carinho pelos mais velhos
Tio Luís 94 anos.
OS NOSSOS JOVENS E ...OS MENOS JOVENS
Carinho pelos mais velhos
Tio Luís 94 anos.
Ao entrar no meu novo Ano Privado continuo a reler os blogues de 2006.No ano passado, fiz a pergunta : Se eu tivesse 30 anos…
Um ano depois,escrevo: Se tivesse 50 anos e soubesse o que sei hoje, que modificações teria feito na minha VIDA, em que mudaria o meu comportamento?
A minha atenção especial, estaria centrada no muito cuidado a ter com os exemplos a dar aos jovens, em alertar aqueles que estão agora na casa dos “enta” para repensarem as atitudes para com os mais velhos.
Os mais jovens são como o mata-borrão, que seca a tinta e deixando ficar as palavras legiveis. Parece que os exemplos que lhes damos os deixa indiferentes;no entanto irão recordá-los sempre que for preciso. Os pais que não ensinam os filhos a entender o que podem ou não usufruir da vida, não sabem o verdadeiro mal que lhes estão a causar Os jovens que são poupados a todos os problemas que uma família deve enfrentar junta, nunca serão adultos conscientes ;um lar onde o bom senso não habite, cujos adultos saibam ser camaradas mas não promíscuo, dialogar mas não ceder,não abdiquem dos princípios básicos que tornam os povos civilizados e não libertinos,nunca será um lar onde todos tenham um forte sentido de responsabilidade e de partilha.
Quanto aos mais velhos, maior parte dos que se encontram no limiar da casa dos “ enta” (quarenta ,cinquenta etc) pensando que permanecerão para sempre naquele tempo abençoado em que já conquistaram um lugar no mundo, fizerem as relações sociais que desejaram, atingiram o nível de vida que ambicionavam preparam-se para gozar tudo isso na bem aventurança.
Ainda não sentem que a velhice está a aproximar-se e que eles próprios serão pródigos nas atitudes incómodas,nos discursos indigestos, nos gestos irritantes, nas prelecções sobre os costumes ,a decência, a poupança da geração anterior , comparada com a a imoralidade, o esbanjamento, a corrupção que ocorre agora.
Nas primeiras décadas da casa dos “enta” temos tendência a considerar as gerações seguintes como um conjunto de néscios e inconvenientes, gente para ser convidada para as ocasiões em que é uso reunir a família. Escutam-nos com uma complacência meio desdenhosa, meio superior,com uma certa cumplicidade com os mais novos, num bichanar pouco caridoso que os mais velhos entendem perfeitamente.
Eu própria, quando cerca de trinta anos me separam dos meus filhos, dos meus sobrinhos de coração (que são os meus segundos primos) verifico como esquecemos com facilidade as nossas atitudes passadas, a impaciência, a pouca atenção que dedicamos aos idosos do nosso clã. É verdade que isso geralmente acontece com os nossos difíceis, impertinentes e embirrativos parentes mais velhos.Com os outros, os doces, aqueles que não se intrometem, não incomodam, é um prazer conviver e escutar as suas recordações, mesmo que muitas vezes repetidas.
Se eu tivesse cinquenta anos e soubesse o que sei hoje, teria tido mais cuidado com as atitudes que tomava perante os mais novos e de certeza, tentaria fazer um esforço maior para ser mais indulgente, mais compreensiva para com os mais velhos, mesmo com aqueles que me causassem aborrecimentos.
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