UM ALMOÇO DE FAMILIA
Há um ano,escrevi que o meu ano privado começava em Outubro e nada tinha a ver com o ano civil, religioso ou outro qualquer.Era meu, especialmente meu.Na altura, enumerei vários motivos:os tons, quentes, luminosos, mas não excessivamente quentes ou luminosos.Começam as tardes de inverno que, para mim que sou sedentária, são muito atractivas . Aproxima-se o dia de todos Santos, e nele eu glorifico não só os santos dos altares, mas toda aquela imensa galeria de seres simples,desconhecidos, cujas obras são feitas silenciosamente,mas que foram e são,pessoas verdadeiramente boas e santas.Logo a seguir,honramos os nossos mortos e embora o desaparecimento de alguns deles, pouco me tenha afectado e os tenha esquecido no tempo que passou,outros,neste dia,cercam o meu espírito como uma coroa de glória:todos aqueles que eu amei verdadeiramente e que provaram, com mil pequenos nadas,ou com acções inexquéciveis quanto gostaram de mim.
Vem logo a seguir o São Martinho, ocasião em que as minhas primas mais chegadas e eu,nos reunimos com a família em Staª Cruz. Melhor que tudo isso, aproxima-se o Natal,que para mim, chega trajado a rigor, no 1º Domingo do Advento,quando dou inicio às festas natalícias ,como fazia a minha avó Maria do Rosário,com o tradicional almoço de Família.
Mas este ano,o Meu Ano Privado,começou com um acontecimento que me faz a achar tudo bom à minha volta,a considerar-me uma pessoa feliz,e até a sentir-me um pouco orgulhosa.
Começou com o Almoço –Convivio de quase todos os membros da nossa família existentes neste momento.Dividem-se em 4 gerações,com o tio Luís,de 94 anos,achacado mas lúcido e poeta, a presidir e contribuindo com um belo poema sobre o evento,até aos mais pequenos,que brincaram exuberantes sem compreenderam ainda o significado daquela grande reunião.
Presentes ao almoço estivemos 52; não presentes por motivos de força maior,15, ausentes porque de facto são ausentes de qualquer relacionamento familiar,5.E tudo isto aconteceu,porque duas de nós resolvemos fazer um jornalzinho para a família;porque existe a Internet que primitiu fáceis e rápidos contactos entre nós, ;porque a nossa avó soube incutir-nos o Espírito de Família, através de tradições, de narrativas de acontecimentos antigos,da descrição muito rica,de vários membros da família que se tornaram notados por qualquer motivo e ficaram para sempre na lembrança, mesmo daqueles que nunca os conheceram, e nós, soubemo transmitir isso aos nossos filhos.Podemos ter as nossas "coisas", mesmo entre pais e filhos,mas no fundo está sempre presente aquele mágico dom que nos une e nos torna felizes quando estamos juntos
Desejava sinceramente que outras pessoas nos seguíssem o exemplo.
Até Junho do ano passado, muitos de nós,principalmente os mais jovens, nem se conheciam;outros não se viam há mais de vinte anos.Primos que em crianças tinham brincado juntos e que agora são quarentões,com que alegria os vi recordar os bons momentos passados juntos!
Numa altura em que a família conta tão pouco, e o sentido de conjunto parece não existir, quando as crianças são educadas num egoísmo total,que os tornarão adultos insuportáveis, quem tiver ainda um pouco do conceito de familia, cujos familiares não estejam totalmente ausentes da roda feliz que uma familia pode ser,tentem aninhar-se uns nos outros, sem forçarem a intimidade, sem se imporem, sem criticarem, mas de coração aberto, cada clã,livre e independente,mas unidos por esse sentimento maravilhoso que é saberem de onde vieram e para onde desejam que os seus filhos vão;tendo uma infância para recordar;onde os avós não sejam apenas segundos pais ou velhos maçadores e intolerantes;onde os pais,mesmo querendo que eles tenham o melhor,saibam ensinar-lhes que antes de serem um só, fazem parte dum conjunto que deve partilhar tudo:o bom e o mau,o que podem ter e o que de momento, é impossível dar-lhes.
Ontem foi um dia muito feliz para a nossa família,que cinco meses antes só muito ocasionalmente contactava; porque éramos muitos, porque nos tínhamos dividido ,e continuaremos a dividir-nos,em blocos mais próximos. Mas ontem,os jovens primos, em segundo, terceiro e quarto grau, trocaram e-mails,allguns até partiram juntos para uma farrazinha a fim de aprofundaram o conhecimento,os quarentões,combinaram futuros encontros, e nós as primas velhas,falamos das nossas vidas actuais, felizmente bastante activas para todas.
O tio Luís encerrou o convívio,dizendo uma frase simples: Muito felizes se sentiriam os meus pais se pudessem ver-nos hoje.
Vem logo a seguir o São Martinho, ocasião em que as minhas primas mais chegadas e eu,nos reunimos com a família em Staª Cruz. Melhor que tudo isso, aproxima-se o Natal,que para mim, chega trajado a rigor, no 1º Domingo do Advento,quando dou inicio às festas natalícias ,como fazia a minha avó Maria do Rosário,com o tradicional almoço de Família.
Mas este ano,o Meu Ano Privado,começou com um acontecimento que me faz a achar tudo bom à minha volta,a considerar-me uma pessoa feliz,e até a sentir-me um pouco orgulhosa.
Começou com o Almoço –Convivio de quase todos os membros da nossa família existentes neste momento.Dividem-se em 4 gerações,com o tio Luís,de 94 anos,achacado mas lúcido e poeta, a presidir e contribuindo com um belo poema sobre o evento,até aos mais pequenos,que brincaram exuberantes sem compreenderam ainda o significado daquela grande reunião.
Presentes ao almoço estivemos 52; não presentes por motivos de força maior,15, ausentes porque de facto são ausentes de qualquer relacionamento familiar,5.E tudo isto aconteceu,porque duas de nós resolvemos fazer um jornalzinho para a família;porque existe a Internet que primitiu fáceis e rápidos contactos entre nós, ;porque a nossa avó soube incutir-nos o Espírito de Família, através de tradições, de narrativas de acontecimentos antigos,da descrição muito rica,de vários membros da família que se tornaram notados por qualquer motivo e ficaram para sempre na lembrança, mesmo daqueles que nunca os conheceram, e nós, soubemo transmitir isso aos nossos filhos.Podemos ter as nossas "coisas", mesmo entre pais e filhos,mas no fundo está sempre presente aquele mágico dom que nos une e nos torna felizes quando estamos juntos
Desejava sinceramente que outras pessoas nos seguíssem o exemplo.
Até Junho do ano passado, muitos de nós,principalmente os mais jovens, nem se conheciam;outros não se viam há mais de vinte anos.Primos que em crianças tinham brincado juntos e que agora são quarentões,com que alegria os vi recordar os bons momentos passados juntos!
Numa altura em que a família conta tão pouco, e o sentido de conjunto parece não existir, quando as crianças são educadas num egoísmo total,que os tornarão adultos insuportáveis, quem tiver ainda um pouco do conceito de familia, cujos familiares não estejam totalmente ausentes da roda feliz que uma familia pode ser,tentem aninhar-se uns nos outros, sem forçarem a intimidade, sem se imporem, sem criticarem, mas de coração aberto, cada clã,livre e independente,mas unidos por esse sentimento maravilhoso que é saberem de onde vieram e para onde desejam que os seus filhos vão;tendo uma infância para recordar;onde os avós não sejam apenas segundos pais ou velhos maçadores e intolerantes;onde os pais,mesmo querendo que eles tenham o melhor,saibam ensinar-lhes que antes de serem um só, fazem parte dum conjunto que deve partilhar tudo:o bom e o mau,o que podem ter e o que de momento, é impossível dar-lhes.
Ontem foi um dia muito feliz para a nossa família,que cinco meses antes só muito ocasionalmente contactava; porque éramos muitos, porque nos tínhamos dividido ,e continuaremos a dividir-nos,em blocos mais próximos. Mas ontem,os jovens primos, em segundo, terceiro e quarto grau, trocaram e-mails,allguns até partiram juntos para uma farrazinha a fim de aprofundaram o conhecimento,os quarentões,combinaram futuros encontros, e nós as primas velhas,falamos das nossas vidas actuais, felizmente bastante activas para todas.
O tio Luís encerrou o convívio,dizendo uma frase simples: Muito felizes se sentiriam os meus pais se pudessem ver-nos hoje.
Olá, sou a Sara, da 4ªGeração (filha da MªJoão)!
ResponderEliminarAdorei conhecer esta "nova" família que não imaginava tão grande e espectacular... foi pena ter sido pouco tempo de convívio! Espero que mais momentos destes se proporcionem!
Um beijinho,
Sara G.
É verdade, esqueci-me de dizer, mas adorei cada palavra escrita aqui!
ResponderEliminarObrigada a todos vocês, que proporcionaram este convívio.
Beijinhos,
Sara G.