AS FÉRIAS DO ESPIRITO
Há muito, muito tempo, que o meu espírito não desfrutava de tal vadiagem e os meus pensamentos não eram tão liberalmente dispersos.
Nesta Cúria bucólica, o meu físico e o meu espírito, descansaram em igual indolência. O corpo, ocupava o tempo entre ir buscar o meu marido tolhido pele ácido úrico !!! à “Buvette” (dizer bebedouro, à portuguesa, não soa muito bem) ou ao Spa,onde sofria as torturas do duche escocês e as massagens vigorosas duma alentada senhora; os almoços nos simpáticos e oportunistas snak-bares e a conversa informal, ao fim da tarde ,no salão elegantemente conservador deste pequeno “Hotel de Charme”. Os nossos emperrados maridos, faziamem Sudoku, viam na televisão o Canal Odisseia, o CSI, que imediatamente eram relegados em favor dos sub- 21,ou da gloriosa selecção.
Quanto ao meu espírito, entrou de férias.Como o Azi (o meu P.C), ficou em casa, bem agasalhado e protegido pelas inúmeras capinhas de plástico que o cobrem durante a minha ausência, as minhas tarefas informáticas, as pesquisas na net, as tentativas de me familiarizar com o Windows Office 2007, pararam.
De vez em quando, penso nesse companheiro fiel que tanto prazer me dá. Mas penso nele, da mesma maneira que pensava no meu marido, quando jovem recem casada, ele partia para as longas viagens, de 3, 5 e 6 meses Sentia a sua falta, desejava que voltasse, mas aquela era a nossa vida que eu aceitara, e aprendi a durante os longos meses que estávamos separados, a viver a minha: brincava com a linda boneca que era a minha filha, convivia com a minha família, tratava da minha casa, esperando calmamente,sem me definhar de saudade, pelo regresso do bem amado.
Agora, que estava longe do sortilégio que o Azi exerce sobre mim (aquela doce vozinha chamando-me: anda, anda, aquilo que não percebias eu vou ensinar-te… anda, há uma maneira melhor de acabares o trabalho) dedico o meu tempo a ler, até que esse prazer seja substituído pelo meu bordado, um passeio pelo lindo bosque da termas, ou em pura ociosidade de pensamento.
Nesta Cúria bucólica, o meu físico e o meu espírito, descansaram em igual indolência. O corpo, ocupava o tempo entre ir buscar o meu marido tolhido pele ácido úrico !!! à “Buvette” (dizer bebedouro, à portuguesa, não soa muito bem) ou ao Spa,onde sofria as torturas do duche escocês e as massagens vigorosas duma alentada senhora; os almoços nos simpáticos e oportunistas snak-bares e a conversa informal, ao fim da tarde ,no salão elegantemente conservador deste pequeno “Hotel de Charme”. Os nossos emperrados maridos, faziamem Sudoku, viam na televisão o Canal Odisseia, o CSI, que imediatamente eram relegados em favor dos sub- 21,ou da gloriosa selecção.
Quanto ao meu espírito, entrou de férias.Como o Azi (o meu P.C), ficou em casa, bem agasalhado e protegido pelas inúmeras capinhas de plástico que o cobrem durante a minha ausência, as minhas tarefas informáticas, as pesquisas na net, as tentativas de me familiarizar com o Windows Office 2007, pararam.
De vez em quando, penso nesse companheiro fiel que tanto prazer me dá. Mas penso nele, da mesma maneira que pensava no meu marido, quando jovem recem casada, ele partia para as longas viagens, de 3, 5 e 6 meses Sentia a sua falta, desejava que voltasse, mas aquela era a nossa vida que eu aceitara, e aprendi a durante os longos meses que estávamos separados, a viver a minha: brincava com a linda boneca que era a minha filha, convivia com a minha família, tratava da minha casa, esperando calmamente,sem me definhar de saudade, pelo regresso do bem amado.
Agora, que estava longe do sortilégio que o Azi exerce sobre mim (aquela doce vozinha chamando-me: anda, anda, aquilo que não percebias eu vou ensinar-te… anda, há uma maneira melhor de acabares o trabalho) dedico o meu tempo a ler, até que esse prazer seja substituído pelo meu bordado, um passeio pelo lindo bosque da termas, ou em pura ociosidade de pensamento.
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