UMA QUESTÃO DE TEMPO
A “Gazeta dos Garraus” tem-me impedido de escrever no meu blog.O meu tempo tem estado quase inteiramente dedicado a ela.
A Gazeta e os “filmes”.Porque agora tenho um novo brinquedo:o Windows Movie Maker, programa que permite fazer pequenos filmes de vídeo,usando as fotografias que todos nós fazemos para recordar mais tarde os nossos filhos, pequenos e grandes, os nossos netos ,bebés que agora já são adolescentes ou mesmo adultos, acontecimentos que preencheram as nossas vidas.Com o o meu novo brinquedo,podemos mesmo tentar fazer um filme de ficção, com os nossos adolescentes a serem argumentistas,actores, montadores e com a toda a família a colaborar.
É o caso da pobre Madeleine e dos seus estranhos pais; o caso de Viseu, quase tão estranho como o primeiro, quando aquela excelente senhora, mãe amantissima, que sofria apenas duma depressão, e que de repente assassina os filhos amados, com requintes de crueldade.
Para mim,que tive filhos e netos naquela idade,que desfrutei intensamente nos meus filhos e nos meus netos essa idade da inocência,as três serão sempre vitimas inocentes de todos nós.
E por isso eu não tenho escrito muito no blog.
Estou confusa, com as ideias baralhadas, tenho vergonha de não fazer mais do que escrever aqui ou comentar entre amigos ,sinto-me tão culpada como aqueles que acuso.
Os jornais não venderiam a Madeleine se não houvesse quem os comprasse.E eu compro jornais.A televisão não arrastaria o caso, se as audiências não aumentassem cada vez que conseguem um facto novo.E eu vejo televisão.O rádio daria belas peças de teatro, como a Emissora Nacional fazia antigamente, em vez desses comentários frivolos sobre uma caso tão horrível,se as pessoas se manifestassem contra essa vergonha que é usar o drama dessas crianças para encher os espaços da emissão. E eu oiço rádio.
A Gazeta e os “filmes”.Porque agora tenho um novo brinquedo:o Windows Movie Maker, programa que permite fazer pequenos filmes de vídeo,usando as fotografias que todos nós fazemos para recordar mais tarde os nossos filhos, pequenos e grandes, os nossos netos ,bebés que agora já são adolescentes ou mesmo adultos, acontecimentos que preencheram as nossas vidas.Com o o meu novo brinquedo,podemos mesmo tentar fazer um filme de ficção, com os nossos adolescentes a serem argumentistas,actores, montadores e com a toda a família a colaborar.
Mas os meus voos,não chegam em tão alto…por enquanto!Limito-me a fazer diaporamas, organizando fotografias de vários eventos,juntando-lhe som e legendas relativas aos mesmos, que toda a família e amigos vêm confortavelmente instalados em frente de T.V.
Com todas as insuficiências que ainda tenho,a minha actividade” cinéfila”, está a correr muito bem e satisfaz-me observar que, cada vídeo novo que faço fica melhor que o anterior,aprendo sempre alguma coisa..É verdade que a” Gazeta dos Garraus”, os novos programas que me transportam a novas experiências,tomam-me bastante tempo. Mas não é de facto, uma Questão de Tempo.A velhice ensinou-me a transformar o tempo em borracha, fazendo que ele alargue, tanto quanto eu quiser. A verdade é que nos últimos tempos sinto-me tão confusa que cobardemente recuso deter-me nas noticias que me atordoam e não queo pensar muito no que acontece à minha volta
É o caso da pobre Madeleine e dos seus estranhos pais; o caso de Viseu, quase tão estranho como o primeiro, quando aquela excelente senhora, mãe amantissima, que sofria apenas duma depressão, e que de repente assassina os filhos amados, com requintes de crueldade.
Ninguém estranhou que a Mãe da Madeleine telefonasse primeiro para um canal da T.V do que para a policia.As pessoas que agora a vaiaram ,não serão as mesmas que a apoiaram na sua dor, aliás também estranhamente demonstrada? E na família de Viseu,ninguém notou os sinais perturbadores que a senhora aparentaria, e que iriam muito para além duma depressão.Uma depressão, por muito grave que seja, normalmente acabrunha, silencia,torna desinteressado do que se passa à sua volta, quem dela sofre.Ninguém notou nada de anormal nestas situações?
E as três vitimas desta situação estão quase esquecidas como seres humanos, crianças normais, afectuosas, risonhas, com sonhos, a quem foi negado o simples acto de viver, de brincar, de estudar.de crescer.
Para os pais delas, sabe Deus o que serão;para a imprensa, televisão e rádio, são um NOME que dá dividendos;para a policia, são um CASO.Para mim,que tive filhos e netos naquela idade,que desfrutei intensamente nos meus filhos e nos meus netos essa idade da inocência,as três serão sempre vitimas inocentes de todos nós.
E por isso eu não tenho escrito muito no blog.
Estou confusa, com as ideias baralhadas, tenho vergonha de não fazer mais do que escrever aqui ou comentar entre amigos ,sinto-me tão culpada como aqueles que acuso.
Os jornais não venderiam a Madeleine se não houvesse quem os comprasse.E eu compro jornais.A televisão não arrastaria o caso, se as audiências não aumentassem cada vez que conseguem um facto novo.E eu vejo televisão.O rádio daria belas peças de teatro, como a Emissora Nacional fazia antigamente, em vez desses comentários frivolos sobre uma caso tão horrível,se as pessoas se manifestassem contra essa vergonha que é usar o drama dessas crianças para encher os espaços da emissão. E eu oiço rádio.
Comentários
Enviar um comentário