PARA O MEU NETO DAVID
Neste momento, toda a família dá o seu melhor em conselhos literários, para fazer de ti um leitor interessado. Também dei o meu, mas reflectindo, dizer-te qual o melhor autor ou a obra mais apropriada,não basta.Melhor será esclarecer-te como deves usar um livro.
Ler, não é correr os olhos pelas páginas, ler em diagonal, como dizem agora.
É principalmente, encarnar nas várias personagens, apreciar a maneira como o autor descreve locais, sejam eles uma paisagem, uma casa, o seu mobiliário; como nos faz compreender sentimentos e acções, como nos incita a questionar qual será a próxima actuação dos personagens, como nos faz gostar ou detestar as pessoas que coloca em cena. E a maneira como o faz,cria o seu estilo, que apreciaremos melhor cada vez que o lemos.
É muito importante que ortografia seja correcta, que os substantivos, adjectivos e verbos estejam nos lugares apropriados. Mas um livro correctamente escrito, pode não ter alma. Dar à escrita esse encanto que nos faz ler o mesmo livro dezenas de vezes, isso é o privilégio dos bons autores.
Os temas de Eça, são tão actuais hoje como o foram no século 19.Quando muito, mudaremos o vestuário dos personagens, daremos um pouco de sem cerimónia às frases rebuscadas. Mas os sentimentos serão sempre os mesmos.
Quem teve a sorte de nascer num lar onde os bons livros ,além de terem um lugar de honra, eram consultados e lidos (conheço pessoas que compraram os seus livros, não pela qualidade dos autores ou pelo interesse da história, mas à medida das prateleiras do móvel da sala e maior parte deles. nunca foram folheados e muito menos lidos) aprende naturalmente a fazer deles seus companheiros de momentos de lazer.
À medida que crescemos, vamos tendo os nossos autores preferidos, geralmente ligados aos temas de que gostamos.
Quando crescemos, mais gostamos de ler ,porque já não estamos tão presos aos entusiasmos da juventude. Há uma altura que procuramos os livros para obter sabedoria. E finalmente, quando mais velhos, saboreamos os livros pelo maravilhoso prazer de nos alhearmos do quotidiano e aderir ao maravilhoso mundo do faz de conta. Sem vergonha confesso ,que de vez em quando, volto a pegar deliciada nos Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas e não exito em ler de novo SandoKan, do Salgari.
Ler, não é correr os olhos pelas páginas, ler em diagonal, como dizem agora.
É principalmente, encarnar nas várias personagens, apreciar a maneira como o autor descreve locais, sejam eles uma paisagem, uma casa, o seu mobiliário; como nos faz compreender sentimentos e acções, como nos incita a questionar qual será a próxima actuação dos personagens, como nos faz gostar ou detestar as pessoas que coloca em cena. E a maneira como o faz,cria o seu estilo, que apreciaremos melhor cada vez que o lemos.
É muito importante que ortografia seja correcta, que os substantivos, adjectivos e verbos estejam nos lugares apropriados. Mas um livro correctamente escrito, pode não ter alma. Dar à escrita esse encanto que nos faz ler o mesmo livro dezenas de vezes, isso é o privilégio dos bons autores.
Os temas de Eça, são tão actuais hoje como o foram no século 19.Quando muito, mudaremos o vestuário dos personagens, daremos um pouco de sem cerimónia às frases rebuscadas. Mas os sentimentos serão sempre os mesmos.
Quem teve a sorte de nascer num lar onde os bons livros ,além de terem um lugar de honra, eram consultados e lidos (conheço pessoas que compraram os seus livros, não pela qualidade dos autores ou pelo interesse da história, mas à medida das prateleiras do móvel da sala e maior parte deles. nunca foram folheados e muito menos lidos) aprende naturalmente a fazer deles seus companheiros de momentos de lazer.
À medida que crescemos, vamos tendo os nossos autores preferidos, geralmente ligados aos temas de que gostamos.
Quando crescemos, mais gostamos de ler ,porque já não estamos tão presos aos entusiasmos da juventude. Há uma altura que procuramos os livros para obter sabedoria. E finalmente, quando mais velhos, saboreamos os livros pelo maravilhoso prazer de nos alhearmos do quotidiano e aderir ao maravilhoso mundo do faz de conta. Sem vergonha confesso ,que de vez em quando, volto a pegar deliciada nos Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas e não exito em ler de novo SandoKan, do Salgari.
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