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A mostrar mensagens de 2015

OS MAIS VELHOS,OS MAIS NOVOS E OS DO MEIO

         Entrar na quarta idade, (como alguns pretendem chamar aos anos de vida começados a partir dos 80) é por vezes muito agradável. Como estamos mais incapacitados fisicamente abrimos espaço para atividades mentais, (em alguns casos) investirmos na reflexão, na análise pessoal e na dos que nos rodeiam e isto é muito gratificante, embora por vezes, seja uma surpresa dispensável. Com os meus 81 anos e algumas moléstias que me obrigam a permanecer em casa mais tempo, uso-o analisando acontecimentos e pessoas começando por mim própria e pelos episódios que preenchem a minha vida. E quantas surpresas me causaram essas análises e como foi inquietante conhecer o meu EU sem evasivas Estas fachas etárias, na maior parte dos casos, têm uma coisa em comum: Acalentam os mesmos juízos uns pelos outros Como já passei pelas três, conheço bem os sentimentos que nos envolvem em cada uma além das razões pessoais que alguns têm para acentua-los. Comecemos pelos mais novos , idade em que se fo

O INOCENTE EGOISMO

  É verdade que estou muito preocupada com a Grécia e com os gregos: é verdade, na medida em que os problemas deles podem afectar Portugal ou para ser mesmo sincera, afectar o meu clã. Também me preocupam os infelizes fugitivos do outro continente, que arriscam a vida, em busca de melhor sorte na Europa. Vou dando uma olhadela pelas desavenças entre os povos que habitam este belo planeta azul. Mas estão tão longe, tão longe! Interesso-me  pela politica, mas como tenho uma opinião formada sobre os políticos, sejam de que partido forem, não a levo  (a politica ) muito a sério. Igualmente estou inquieta com os problemas ambientais. Mas como não tenho carro para poluir o ar que respiramos, separo os lixos mais/menos duma maneira certa e vivo num país onde o céu ainda tem um lindo tom anilado, o mar é azul e quando temos nevoeiro é natural e próprio das condições atmosféricas,embora tenha pena daqueles que  não possuem  estas maravilhas,nada posso fazer por eles. E

UMA VIDA

  82 Anos de vida, 63 de casada. O que dei, o que recebi? Qual foi o saldo dessa troca? Neste momento, de  cérebro frio e espirito isento, penso que foi uma permuta justa. Fui uma criança feliz? As crianças não são felizes ou infelizes: estão contentes ou contrariadas.Tive uma infância solitária, apesar de rodeada por uma grande família.mas a solidão pode ser enorme mesmo no meio de muita gente. Quando fomos viver para Braga a situação modificou-se. Entrei num colégio particular frequentado pelas filhas dos novos amigos dos meus pais e a nossa vivência social ganhou horizontes diferentes através do contacto desses amigos.   Como adolescente tive momentos completamente a meu gosto, outros mais melancólicos. Na altura podem ter constituído um drama, mas nunca causaram no meu espirito um verdadeiro desgosto, embora algumas vezes beliscassem o meu EGO.   Quanto ao casamento, só ao fim de muitos anos aprendi que, se temos que aceitar os pais que Deus nos deu, os maridos somos nós qu

O CARNAVAL DE 1949

  Quando nascemos trazemos o destino determinado, um caminho de vida que temos obrigatoriamente de percorrer quer queiramos quer não, ou esse destino é construído por nós, baseado nos genes que herdámos, da convivência e regras familiares e do individualismo que cada um consegue através de experiênci  pessoais  ,    erros, capacidades naturais para o determinarmos nós próprios? Recordando o Carnaval de 1949, acredito na 1ª teoria. Porque esse carnaval alterou significativamente o meu Destino. Não de imediato, porque durante três anos, vivi do modo como era esperado viver.  Com sete anos fui viver para Braga, e os meus pais  assimilaram rapidamente os usos e costumes da cidade dos arcebispos  Em 1940, ali e mais ao menos em todo o Minho, as raparigas da classe média alta, muito poucas frequentavam o liceu e raramente tiravam um curso universitário Aprendiam em casa com as mães e com professoras, a arte de ser esposa, mãe, uma anfitriã simpática e eficiente a cultura suficiente.

VÉLLINHAS & VELHINHOS

Umas e Outros vivem a velhice de maneiras diferentes. Qualquer deles pode ser angelicaL,paciente,fonte de sabedoria ou verdadeiros mestres da intriga,a praga de qualquer nora ou genro, ou dos dois, o tsunami de qualquer família. Mas que dizer dos meio-vélhos ? Podem ser amigos, compreensivos, disporem do seu tempo ouvindo repetições da mesma história vezes sem conta.ou podem ser igualmente impacientes, mauzinhos ou pior ainda, ignorando-os, como se fossem, na melhor das hipóteses, flores que é preciso regar. Há cerca de ano e meio, encontro-me conscientemente na velhice. Podemos ter idade, mas não sermos velhos. Mas quando por esta razão ou outra razão deixamos de ser totalmente independentes, é a velhice que chegou, Precisamos muito ou pouco que nos prestem alguns cuidados e mesmo que estejamos na nossa casa,nunca mais seremos inteiramente nós. Afirmam os filósofos   enfaticamente – é a lei da vida;primeiro cuidamos dos filhos,depois eles cuidam de nós .É bonito de dizer,mas po

JE SUIS mARTINA...MAS

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  Não concordo em ridicularizar Crenças, Pessoas ou Costumes. Mas… Maomé não parece ter sido pessoa que mereça nobre veneração. Não por ter sido condutor de caravanas, mas porque mais do que Homem Santo, pregador  da Paz e da Justiça. Mas… se unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da  Pérsia  até à  Península Ibérica , deve ter feito isso por meios bem diferentes de palavras de Paz e Tolerância. Até compreendo que os muçulmanos fiquem chocados com os cartoons, porque também eu fiquei desagradada com uma Última Ceia de Cristo protagonizada por porcos, Mas daí a pegar numa arma e matar o escultor, ou prender um assistente dele e degolá-lo, vai uma grande diferença. Para mim, caricaturar os outros, só tem graça como sátiras sociais, escarnecendo acções e pessoas que o incomodam  nosso quotidiano .Exemplo: Estas, terão alguma graça?

FIM DUM ANO,INÍCIO DE OUTRO

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BAIRRO SOCIAL DE BELÉM NA JUDEIA   F im das Festas : Advento, Natal, Ano Novo, Dia dos Reis.  Nesta mudança de 2014 / 2015. Festas que eu agradeço de todo o coração aos meus filhos, nora, netos/as e acima de tudo aos bisnetos, àqueles três pequenos seres maravilhosos. Agradeço também as lembranças, que este ano foram exatamente como sempre desejei que fossem:quando o seu valor não estivesse no preço, mas na intenção de escolherem o que mais me agradaria: retratos, petiscos que sabem os “velhos” apreciam. E no meio das muitas prenda espalhadas pelo chão tive uma prendinha imaterial mas que me emocionou: ver ali à minha roda, quatro gerações, que decerto atravessaram momentos bons e maus, com tristezas e alegrias, com desavenças mas também momentos para recordar com amor. Mas o importante é que nos sentia felizes, divertidos com o Show que o Reuben apresentou muitíssimo bem e com o trabalho dos ‘artistas’ de todas as id