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A mostrar mensagens de outubro, 2011

ATENÇÃO DONAS E DONOS DE CASA

Devemos ser cuidadosos ao aspirar as nossas casas. Se usarmos o aspirador energicamente talvez tenhamos a surpresa de encontrar um buraco por baixo. Quem fez o buraco? A Formiga carpinteira cujo principal divertimento e devorar madeira, casas incluídas? O vizinho debaixo ao tentar suspender um lustre furou um pouco mais fundo? O construtor do edifício que para poupar uns (milhares) de euros aldrabou nos materiais? Duma coisa podemos ter a certeza: quem vai pagar o conserto seremos nós. Mas há outra coisa que me intriga. Para onde foi a serradura , o pilim , o vil metal todos esses calões que querem sempre dizer o mesmo; dinheiro. Onde estão os responsáveis, por esse COLOSSAL orifício por onde desapareceram milhões? Em Angola, apreciando o clima? Em Cabo Verde banhando-se nas mansas ondas? Como bons fregueses, contando com o Continente? O que é certo, mas não justo, é que não vamos pagar todos por igual. Que diferença faz a quem ganha milhares ficar sem subsídio de Natal ou sem sub

AS TOUPEIRAS DE MAXIMINOS

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Enquanto vivi na Quinta de Maximinos, em Braga, ocupava os meus ócios passeando entre as Laranjeiras e lendo Cesário Verde à sombra duma macieira. Sentia-me uma das heroínas de Júlio Dinis e até a casa parecia-me semelhante às casas minhotas descritas pelo autor. Mas a quinta além das flores e do seu ar campestre tinha toupeiras, que desesperavam o caseiro pois não havia campo de milho cujas raízes escapassem à sua voracidade Na verdade, eram tantas que caíam f acilmente nas armadilhas e chegaram para dois casacos de peles que a Manela e a Malena usavam com muito orgulho. Eram lindos, dum cinzento azulado e brilhante e o especialista que tratava das peles deixava-as impecáveis.A seguir o Mestre Peleiro cosia-as tão habilmente que mais parecia uma só pele com desenhos naturais. Mas de facto as toupeiras eram demais e descaradas, fazendo enormes buracos no terreno onde se não tivéssemos cuidado, metíamos o pé e era trambolhão pela certa Pensando nas toupeiras, ocorreu-me

COISAS GRANDES, COISAS PEQUENAS

Sempre que uma jovem das minhas relações e principalmente uma das minhas netas, se casa lembro-me duma conversa que tive com a nossa Avó, faltavam alguns meses para me casar. A Avó Maria, falava muitas vezes com pequenas parábolas domésticas. Não era uma mulher iletrada, mas era incapaz de ornamentar as tais conversas com floreados de linguagem. Nunca esqueci as suas palavras,simples.directas, mas 60 anos depois recordei-as ao meu modo de sentir. Dizia-me que o amor…não! Jamais ouvi a avó pronunciar a palavra Amor. Para ela, educada desde criança dentro da mais rígida cultura judaico-cristã, essa palavra devia ter, talvez inconscientemente, um sentido de libertinagem e maus costumes impróprios duma família decente. Nunca entendi se ela e o avô se amaram, isto é, se o prazer na cama se combinava com a harmonia doméstica que reinava entre eles. Como tiveram 4 filhos é certo que mantinham relações. Mas creio que para o avô era o seu direito de marido e para a Avó um dos seus deve