BLOG DA MARTINA

Neste Natal eu recebi muito mais do que dei.E não me refiro a valores materiais, mas sim a qualquer coisa muito mais significativa:a sensação que demos prazer a alguém. Também não estou a falar das prendas que troquei com a Família e os Amigos.Quase sempre são gratificantes,porque representam o cuidado em escolher uma coisa que sabemos o outro apreciar, isto é,pensar nessa pessoa com interesse. Falo dum pequeno gesto de carinho que tive com aquelas pessoas silenciosas e despercebidas que nos fornecem todos os dias aquilo que precisamos e quase não ocupam espaço nas nossas vidas movimentadas:uma flor,uma flor muito singela,com o pé enrolado numa pratinha e uma fita verde ou vermelha enroscada em caracóis, acompanhando o tradicional Bom Natal que sempre desejo a cada um,deixou-os felizes , surpreendidos e alguns quase comovidos. Eu sei que isto pode parecer piegas ou até estranho, num tempo em que as pessoas entram nas grandes superfícies que parecem uma cidade de formigas, a

Entre o Natal e o Ano Novo faço, o balanço do meu Ano que passou e penso no que tenciono fazer no que vai entrar. E faço-o cheia de boas e sinceras intenções. Do que fiz no Ano Velho tomo resoluções para o Ano Novo.Analiso, penitencio-me, tento melhorar. Faço isto todos as anos e se não cumpro totalmente as boas intenções que me proponho realizar, algumas consigo praticar. Este dezembro,esperando a chegada do Novo Ano cheguei à conclusão que devo: Ser mais COMPREENSIVA com as outras pessoas, que têm os defeitos que eu tenho e por vezes menos motivos de regozijo Mais TOLERANTE. São muitas as vezes que me irrito com as atitudes de algumas pessoas, sem pensar que toda agente tem o direito de um dia ou outro, o seu mau génio estar assanhado Mais HUMILDE no bom sentido da palavra. Apesar do ter o cuidado em não me vangloriar, intimamente, por vezes, acho que sou um Mundo de Perfeições Menos COMODISTA. Ainda desejo muitas vezes que o comboio saia da estação de Paço de Arcos, leve -me

Quando ouvi falar no assunto, decidi que jamais colocaria o Menino Jesus ao sol e à chuva, pendurado numa janela como se fora uma peça de roupa ou a Bandeira Portuguesa que usamos quando a gloriosa selecção entra em campeonatos do mundo. Jesus Menino para mim, é uma questão de Fé. “ Fé é acreditar em coisas que se esperam, a convicção de factos que se não vêm, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos" (Hebreus 11) Posso não acreditar na sua Concepção Imaculada, não acreditar no Mistério da Santíssima Trindade, mas acredito que aquele Menino, um pouco misterioso, um pouco lenda, é o representante de todos os Meninos da Terra e que aquela Família, tão simples, é a imagem de todas as famílias. A pequena figura de barro, de camisinha curta,na qual os pintores renascentista colocaram rendas e bordados dourados, merece-me respeito e até ternura. ELE Representa o futuro HOMEM extraordinário, que Jesus foi. Que poderes extraordinário possuía, para enfrentar uma multidão enfur

A Boas Festas para os meus vizinhos, não só os meus condóminos,como para todos aqueles com quem me encontro no nosso vai e vem diário das compras ou dos ócios . Boas Festas para para as meninas do Super Mercado que existe no meu prédio,que me atendem quase sempre com simpatia. Boas Festas para Nazaré, minha fornecedora de flores, para o Senhor João que me vende bom peixe, para a Rosinha que escolhe os queijos ao meu gosto, todos eles vendedores no meu Mercado Municipal e a quem conheço há muitos anos. Boas Festas ao Senhor João e à D. Helena a quem, além de comprar malhas e linhas de bordar,troco recei tas de bolos e petiscos. Boas Festas D. Elvirinha , ao Luis seu filho e ao neto, a quem vi crescer e agora vejo ao balcão, atendendo as clientes, que por vezes somos bem difíceis de contentar. Boas Festas à D. Amália, minha cabeleireira que me corta o cabelo como sabe que gosto.Boas Festas par as minhas professoras da Academia,que ao longo de dois anos se tornaram amigas, às min

Vim a Portugal fazer uma visita aos meus bisavós. Sou assim uma espécie de Menino Jesus para eles. eles têm cabelos brancos (mesmo os que têm cabelos de cores, por baixo os cabelos são brancos. mas os dentes é ao contrário de eu.a eu, de vez em quando nasce mais um, a eles vão caindo. Mas arranjaram uma coisa onde metem outros dentes,para poderem comer. Sei bem como era comer antes de ter dentes: só comia sopa, papas coisas esmagadas, tudo sem muito sabor. Agora é melhor bom,dou boas trincadelas em bifes e fruta. Também gosto de croquetes, mas esses não preciso trincar. Esmago com o dedo e meto na boca. Gosto de vir a Portugal. Andamos sempre de casa em casa e onde chego toda a gente pega ao colo a mim.ontem fomos a casa dos meus bisas da minha mãe. havia muitas luzes e coisas a brilhar e acendi uma vela.parece que é uma costume da minha ciber – bisa. Senti-me quase grande porque a bisa disse à minha prima Maria-este ano é o Benjamim que acende a 1.º vela do advento (o que será o ad

Há um cheirinho a Natal na minha casa. Primeiro, foram as caixas que há um ano dormiam nas prateleiras do roupeiro que vieram para baixo. A seguir,a desordem habitual: caixas sem tampas espalhadas pela sala, papéis de seda amontoados, as bolas douradas e vermelhas e aguardando serem penduradas, fios prateados a escaparem-se dos sacos de plástico. Por fim, a única parte de que não gosto nestes momentos que todos os anos me tornam feliz: armar a árvore. Felizmente tive o bom senso de ir diminuindo o tamanho, modo que hoje está transformada numa anã verde, de plástico para bem da ecologia.Parece-me sempre uma mulher já de certa idade, mas que bem pintada e bem vestida, fica muito bem.Com as luzinhas sossegadas e discretas, (não suporto as luzes tipo arco íris e sempre a tremelicarem) com os enfeites só vermelhos e dourados, com os fios escorrendo do topo para o pé, quase me convence que é verdadeira. Hoje, 1º Domingo do Advento, realizou-se o nosso tradicional Almoço do Advento, não

     Em primeiro lugar, maridos e esposas que andam fora dos eixos, ou melhor fora do leito conjugal.Embora não haja qualquer problema com divórcios, por vezes não convém. E sempre que o fazem sem aviso prévio,  inventando as habituais desculpas.. tenho serão .. chego mais tarde … vou passar a noite em casa da Micas …. tenho que ir ao Porto em trabalho é mesmo porque desejam estar com um pé cá, outro lá. Uma escuta telefónica seria muito prejudicial. Em segundo lugar, as sogras e as noras É incrível como duas mulheres podem chatear-se tanto uma à outra. Se é a sogra:- a nora é uma desmazelada, pouco se importando com as crianças, etc, etc Se é a nora:- já não pode suportar mais semelhante criatura, sempre criando sarilhos; e o parvo  do marido continua a ser o filhinho da mamã, que comida gostosa, só  venerável senhora sabe fazer. Aqui, também uma escuta telefónica  seria desastrosa. Em terceiro vêm os adolescentes. Se os pais obtivessem a escuta telefónica de seus filhos e

EUTERPE                                 O MEU URSO  'SU' ERA QUSE COM ESTE MUSA DA LIRICA O meu marido, meu sócio, meu velho, ou como eu lhe queira chamar, tem o hábito de dizer-me: "nunca deixaste de ser criança" , o que quer dizer: Já tinhas idade para ter juízo , ou ‘continuas a ser criança’ equivalente a ’continuas a ser aquela rapariguinha parva e ingénua ’, conforme está aborrecido ou satisfeito. Durante muitos anos, entre os sete e os sessenta,  pensei o contrário, que nunca tinha sido criança.  Filha única duma mãe senhora de absurdas teorias de 'como educar uma rapariga'e dum pai que atribuía aos homens o dever de trazer dinheiro para casa e às mulheres a tarefa de cuidar da casa e educar os filhos, foi-me exigido desde que me lembro, um comportamento de adulto, ou antes de super adulto, porque eu tinha que pedir licença para me levantar da mesa, dizer obrigada sempre que me era prestado qualquer serviço, durante as refeições falar em voz b

Por vezes posso parecer o Velho do Restelo, com os meus comentários desalentados. Mas vêm ter á minha  mão, ou aos meus olhos, frases, pensamentos, alertas de gente mais sábia. que dão razão aos meus lamentos. Na semana passada aconteceram-me duas coisas: estava a ler um livro sobre Homens célebres, quando deparei com este parágrafo:      As normas que governam a convivência social não foram impostas arbitrariamente. Nasceram da    necessidade de harmonia, da moralidade e dos costumes, de perseverar uma maneira de estar na vida que faça da convivência um aspecto agradável da existência. A cortesia, as boas maneiras, a educação. serão sempre a essência do comportamento. As regras evoluem, adaptam-se, podem até variar segundo os povos, os lugares e as culturas, mas existem sempre. Nos últimos tempos, pais, filhos e até avós, parecem julgar que as regras que impõem uma certa conduta social, foram feitas ao acaso, irracionalmente. Só para contrariar as crianças e maçar os ad