OS MEUS FIEIS DEFUNTOS 2014

Passou mais um Dia de Finados, ou ‘Os meus Fieis Defuntos’ como diz a boa gente do norte. Gosto mais desta frase pois é nos meus mortos que penso neste dia especial. Não só nos que amei, como naqueles que repeli do meu coração, como até naqueles que não conheci.

Como seriam os meus bisavós esse Manuel Francisco e a sua esposa Maria da Luz,pais do meu avô Joaquim Francisco, e o João Policarpo Faria e Francisca de Jesus, pais da minha avó Maria, tão distantes de mim, mas tão vivos na minha memória, graças à tia Adelina, mãe da Maria Olga, estar sempre a falar na diferença de carácter entre as bisavós Maria de Jesus e Francisca de Jesus. Enquanto a primeira era cordata, trabalhadeira amealhando para a casa,a pobre Francisca de Jesus era indolente, indiscreta fingindo maleitas para disfarçar a preguiça. Como a Tia Adelina não pode ter conhecido nenhuma delas, devia falar por tradição oral.

Mais próximo da minha afeição e memória , estão a minha avó Maria a Chicha e a minha tia Palmira mãe da Ana Maria. Se recordo a Chicha pelos cuidados que teveem me criar, poupando-me o mais possível às borrascas que por vezes assolavam  a minha casa, a Avó Maria recordo-a pelas verdadeiras lições de vida que me deu,os conselhos que pereciam frios mas eram gerados pelo seu sábio conhecimento da vida.Infelizmenta segui muito pouco os conselhos da Avó  e não aprendi com a Chicha a arte de dar amor.Em seguida os meus pensamentos  vão para a mãe da Ana Maria minha tia por afinidade, que me ajudou quando eu precisei, com o seu modo prático e directo,numa situação de 'barata tonta' com uma aranha à espreita do meus descuidos. Seguem-se os meus pais, os mais difíceis dos meus defuntos. Porque não os recordo em paz, não consigo ter por eles a amizade sem barreiras que conservo pela minha tia, pela avó Maria, pela Chicha E depois os outros, que não sendo minha família, sempre me deram uma amizade de irmãos O Alberto Costa,o Francisco Brito a Odette Pacheco

É bom ter defuntos para recordar com saudade.