OS POLITICOS AS ELEIÇÕES E OS ELEITORES
Ontem ouvi um comentador politico “pôr o
dedo na ferida” ao dizer que
a política é como um tabuleiro de xadrez.Não devemos olhar para as peças
mas para as mãos que as movem. É uma verdade cínica mas real. Só nós os
pobres simplórios que ainda acreditam na Democracia, na Liberdade, na
diversidade dos Partidos Políticos, não a conseguem ver (também são poucos os
que jogam xadrez)Mas há situações que todos percebem.
Como creditar em democracia
quando os “pagantes” são sempre os que menos têm? ‘Há razões para isso: são os
mais fáceis de apanhar porque o patrão é o Governo, que tem a faca e o queijo
na mão. Mesmo os chumbos do T.C não lhes faz abalo, porque se não for assim
será de outra maneira e quem pagará serão os portugueses,excepto políticos que
começaram a sua activdade de fraldas e milionário à prova de cortes
Como acreditar em Liberdade?
Alguma vez foi livre quem tem credores a exigir que sejamos cumpridores, dum
acordo, feito em nome do Povo Português e os nossos irmãos
europeus?
:- Aqui-d'el-rei que eu
não fiz esta dívida .Fizemos sim e até
por duas maneiras.
A primeira fizeram-na os Governos, nossos representantes;
com as suas manias de grandeza e não só :foram construindo Auto Estradas, a” EXPO 98, todo o bicho careta teve estádio novo e por pouco escapámos ao
TGV.Precisavamos de tudo isso? Talvez, mas não era necessário tornar
milionários os barões do cimento.
No fim, vendo aproximar-se a bancarrota[1] cá tivemos o RESGATE que, como todos (nem todos) sabemos, foi uma coisa muito
má para os portugueses. Mas como todos sabemos também “Todos os portugueses são iguais,
mas alguns portugueses são mais iguais do que outros".
Da segunda foram autores muitos dos portugueses oriundos duma
classe arrivista, a quem os idealistas do 25 de Abril meteram na cabeça que todos tinham direito a tudo, tivessem ou não meios para isso. Ali
estavam os bancos a oferecerem crédito, exigindo um mínimo de condições, com a
sua varina mágica chamada cartão de crédito. Ridicularizados os princípios de
poupança dos antiquados progenitores ei-los a usar o crédito: crédito à habitação, crédito automóvel, cartões de crédito
para pagar cartões de crédito, telemóveis, férias no estrangeiro, pagando
hábitos caros aos filhos. Gente que em muitos casos, o único património era o
ordenado do casal, que vivia com o dinheiro à justa, sempre acabado antes do
fim do mês.
Portanto a tal divida que
ninguém fez, tem que ser paga e pagamos todos, os que amealharam e os que gastaram.
Os Governos, que uma maioria elegeu, confiada
que teriam qualidades administrativas e morais para administrarem os
nossos dinheiros, têm sido péssimos gestores.
No entanto
dois partidos foram reeleitos, sem ajuda de coligações Além disso o duo
habitual, sozinhos ou com o seu eterno compagnon de route
Foi reeleito várias vezes.
Nenhum dos outros partidos com
representação na Assembleia, esteve no poleiro. Escusem-me o
plebeísmo, mas para quase todos os deputados, para os vários governos e para a
Oposição somos as galinhas dos ovos de ouro.
Quem escuta os nossos protestos quem responde às
nossas incertezas, quem nos faz justiça? Os deputados nossos representantes?
Mas que sabemos deles, além de pagar-lhes o emprego, as reformas e todas as outros
substanciais achegas? Os sindicatos? Esses vivem à custa dos sindicalizados,
fazem uma algazarra infernal em defesa dos
trabalhado ,além de obstruírem as ruas. E nós, povo pagante, vivemos
nesta doce madorna do deixa andar, rosnando, mostrando
os dentes mas de facto não podemos fazer outra coisa. É verdade que somos nós
que os elegemos Mas os Partidos, tanto faz serem verdes, azuis, vermelhos, cor
de laranja ou cor de burro quando foge, querem todos o
mesmo e mais à esquerda ou mais à direita, seremos sempre nós, (nem todos) que
pagaremos as burrices deles e dos falcões que usam para rapinar as aves mais
fracas
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