O QUARTO DOMINGO DO ADVENTO
Vivemos o o
IV Domingo do Advento na paz deteriorada da nossa convivência. Mas
estivemos bem, sem muitos arranhões, com os mesmos comentários de todos os dias:
O meu Chefe comenta os factos políticos e eu oiço, com o pensamento totalmente
voltado para outro lado.
Acendemos
a 4ª vela sem grandes rituais. É verdade que lá estavam os ramos de abeto,
arvore que nunca perde a cor dos seus ramos e simboliza a eternidade. Lá
estavam as quatro velas.
A
primeira simboliza a luz e o calor entre a Família
.A
segunda a Fé em nós e no Futuro,
A
terceira a alegria própria deste tempo, em que a criança reina na sua
ingenuidade e pureza
A
quarta representa a Sabedoria. Sabedoria é que carecemos mais porque
normalmente só vem com a idade. Mas podemos pedir Bom senso e Tolerância
Quando
os meus netos eram crianças estabeleci o meu próprio ritual. O mais novo devia
acender a 1º vela e dizer
“Acendemos
esta primeira vela que simboliza a luz e o calor que une a nossa família.”
Mas agora os tempos são outros. Felizmente
ainda há famílias unidas pelo calor da amizade, mas poucas. A Fé, seja no que
for, não abunda. As crianças já não são ingénuas, o Pai Natal está transformado
em anúncios de gosto duvidoso senão ordinário. A Sabedoria já não é notável,
por vezes nem nos mais velhos. A Tolerância, só a “de ponto“Quanto ao Bom Senso,
basta ver a conduta dos professores no dia da prova dos nove, para ver que bom
senso é coisa que não existe na maior parte das pessoas.
Mas
estou contente neste Natal de 2013.Consegui reunir no tradicional Almoço do
Advento a Família que estava em Portugal. O David em nome dos meus netos
acendeu a vela tradicional. Sei que iremos passar um Natal tranquilo. Tenho saudades
dos grandes Natais em casa do meu filho?Tenho.Mas admito calmamente que a nossa
idade já precisa de outro tipo de Natal. Estarei com todos eles no pensamento,
antevendo o que estarão a fazer, a alegria das prendas o relaxamento do fim da
noite. E teremos a nossa pequena e inofensiva ceia, irei deitar-me quando me
apetecer sem estar à espera da meia noite.
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