AS LOUCAS SEMANAS DA CRISE III

 A 3ªsemana foi ocupada pelas conversações entre os partidos que assinaram o documento da TROIKA. Com o PS por um lado a conversar com os parceiros para chegarem a um acordo, pelo outro a anunciar em alto e bom som que iria aprovar a moção de censura que os Verdes iam apresentar, além das querelas parlamentares que se ouvíamos na Assembleia da Republica
Quarta e Quinta-feira, mesmo os acreditavam que haveria acordo, já tinham percebido que o Acordo já era.Menos o Presidente da Republica, que nas Ilhas Desertas admirava a Fauna e a Flora e principalmente “estava a milhas” da Comunicação Social ainda tinha esperança que a sua diligência patriótica desse bons frutos Regressado ao continente teve que enfrentar a realidade dos partidos pensarem mais em si que no país.
Desde o princípio tal acordo era como meter cães,gatos e ratos no mesmo saco, agitá-los e esperar que ao abrir o saco os ditos animais saíssem mansos e coesos, prometendo que trabalhariam juntos e com toda a lealdade nas coisas essenciais ao Bem da Pátria. Como os Partidos se estão marimbando para o País, ou melhor para os habitantes do país que em nada os podem favorecer, cada qual puxou a brasa à sua sardinha e nós por cá tudo bem.
 Vem aí um governo reciclado que esperemos que tenha apanhado um bom susto e que não faça mais do que a Troika exigiu, pelo contrario, que negocie com ela melhores condições para os portugueses serem o menos prejudicados possível; que o PS aguarde com paciência a sua vez de governar. E que todos os portugueses se recordem do que, na fábula, a Formiga, disse à Cigarra: Cantaste? Agora dança, Mas felizmente, vamos ter um Presidente atento.
 É certo que nada pode fazer até às próximas eleições. Mesmo o Voto é muito difícil de escolher, porque alguns de nós sabem que, seja qual for o partido vai dar tudo na mesma. Desde o 25 de Abril que votamos e tem se visto os resultados. Alguns bons, outros francamente maus. E isto tanto dá para o PS como para o PSD ou o CDS. Os outros que estão na Assembleia da Republica,limitam-se a fazer barulho e a causticar os outros três, propondo medidas mais ou menos impraticáveis.
Mas para nosso consolo moral, podemos ACUSAR.
 Primeiro a nós própriosTodos  sabemos que  com a Revolução dos Cravos, chegaram  rios de dinheiro da CEE ,que cada governo utilizou como quis. Somos um país de auto estradas, umas a quem o bom povo já chama estradas do lá vem um. Os cursos de formação foram tantos, que já devíamos estar todos sábios. As parcerias e assessores pareciam chuvas de estrelas. O ensino do antigamente foi de tal maneira destroçado que qualquer pessoa possuidora da antiga quarta classe, escreve, raciocina,possui uma cultura geral maior que aqueles que hoje saem do décimo segundo ano Poucos alunos deste novo ensino sabem ler um livro e muito menos interpretá-lo. Maior parte nem sabe fazer contas, a não ser com uma calculadora. E todo o povo que queria ver, sabia disso. As pequenas fortunas que se iam acumulando (nem sequer falo nas grandes) não espantavam ninguém. Maior parte ia-se governando, como podia, Com a Democracia, surgiu a ideia que somos todos iguais e que todos deviam ter o que os outros tinham, ignorando sábios ditados populares como “quem quer bolota trepa” “quem não trabuca não manduca” E acima de tudo, que todas as profissões são dignas e necessárias e o canudo ou melhor a sapiência que ele representa, só se consegue tendo inteligência, gosto pelo  Conhecimento e uma constante curiosidade. Vai daí, todos os meninos e meninos deviam ir para o liceu e para a faculdade, como se todos os meninos e meninas tivessem a mesma capacidade. Se o meu vizinho tem pópó ,porque não poderei eu ter um? A diferença muitas vezes está em que o vizinho tem dinheiro para comprar o carro e sustentá-lo e eu terei que pedir um empréstimo ao banco que, quais sereias melodiosas, oferecem vantagens e juros baixos. Férias em Portugal? Cuba, América Central e do Sul,  levar as crianças a Orlando ao parque Disney é que é bom. Portanto mea culpa, mea culpa, mea culpa.
Seguem-se os Partidos que podemos acusar,  partidos e governo é a mesma coisa. Quando têm que  coligir-se já é outra coisa. Unidos pela necessidade e não por gosto, cada um puxa a brasa ao seu partido e aos seus próprios interesses dentro do partido. Então acontece o que todos vimos nas últimas três semanas, e nós  Povo, fazemos manifestações, criticamos no café, vamos à praia, para férias e aos concertos rock. Depois se verá ou não há-de ser tão mau como dizem. Acompanhando os partidos, temos oe senhores jornalistas que, com honrosas excepões semeiam a confusão dando noticias erradas incompletas, sem fundamente, os comentadores que passam a vida a comentar, uns dizendo uma coisa outros outra , deixando-nos a todos em constante confusão. Podemos também maldizer o Sr. Presidente da Republica que fez tudo quanto podia fazer, apesar de tarde e a más horas e por vezes muito mal. Mas vamos sempre ter ao mesmo: é o nosso voto que lhes dá o Poder e apesar da  canção afirmar que “ povo é quem mais ordena” devíamos usar outro cântico patriótico bem mais apropriada usar  “eles comem tudo, eles comem tudo e não fica nada”


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