OS INGÉNUOS LUSITANOS
Depois desta trapalhada dos exames, da
birra entre professores e Ministro da Educação, reunião para lá, reunião para cá,
pais e alunos pensando no que iria acontecer, os pais uns dizendo que
concordavam com a greve mas não em dia de exames, outros protestando pelo
transtorno que esta obstinação lhes causava, incluindo planos de férias, os
alunos alguns desanimados por terem estudado seriamente para o exame,outros,”marimbando-se”
porque nunca estudam, nem para exames nem para nada, será preciso pensar um
pouco na palavra GREVE e no que ela implica. É indiscutível que os trabalhadores
devem usar esse direito em defesa dos seus justos interesses .Mas essa greve
deve ser contra o Patronato e não prejudicando os outros trabalhadores ou o
povo em geral. Ora no Funcionalismo publico, quem é o patrão? O Governo? O Ministério
da Educação? Os ilustres deputados que discursam na Assembleia Nacional? O Presidente
da Republica?Não.O patrão é todo o povo português através dos vários impostos,
e alguns bem disfarçados, embora as veneráveis pessoas que atrás mencionei,
também entrem com alguns euros para o bem comum. Mas mesmo assim eu concordaria
com a greve se para defesa dos seus direitos não prejudicassem os direitos dos outros.
Haveria necessidade de marcar uma greve geral para o dia marcado para exames? A
greve assim causa mais impacto, afirmam. Mas julgarão que a “creche” vai ceder?
Que lhes importa a eles que os exames se tenham tornado uma barafunda? Dizem-se
muito preocupados, mas não deixarão de ir jantar ao melhor restaurante de
Lisboa. Têm os filhos em bons colégios particulares, e se não fizerem exame
mandam-nos para ainda melhores escolas no estrangeiro Para mim foi uma ideia
muito infeliz. Irem os dirigentes sindicais para as portas das escolas, muito pior,
talvez involuntariamente, terem colocado alunos contra alunos, foi um desastre.
Ingénuos Lusitanos! A quem a greve causou o tal impacto? Ao Ministério da
Educação com o famigerado ministro à frente? Até devem estar muito felizes; é
menos um dia que têm a pagar a milhares de professores. E desta vez, até “podem
sacudir a água do capote” O ministro não cedeu? E o Sindicato cedeu?Se teve
impacto foi nos alunos e nos pais- Parece-me que ambos estão pouco interessados
em alunos e pais. Estão interessados e neles próprios. Viva eu, e os outros que
se danem.
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