O ULTIMO NATAL DEZEMBRO 24 2012
Dizer o ultim0 Natal, de certa maneira é um
exagero, mas também uma verdade. Natal é quando uma família se reúne a uma
grande ou pequena mesa, mas todos juntos, todos colaborando, onde crianças
agitadas correm algumas ainda confiando no Pai Natal, outras mesmo sabendo que
ele não existe, tal como nós adultos, nunca deixam morrer o sonho.
Mas, sem
darmos por isso, ele começa a desaparecer muitos anos antes de nós próprios nos
apercebermos. Primeiro, os filhos casam e têm que repartir-se em duas famílias.
A nossa teve a sorte de todos se entenderem muito bem e a Consoada passou a ser
em casa do meu filho, em Oleiros, onde tudo era grande: uma grande sala, uma
lareira onde ardiam grossos toros de carvalho e azinho, uma mesa que teve
várias versões mas onde cabiam, bem instalados quase 20 pessoas. Havia crianças
o David e a Maria e adolescentes a Marta a
a Sara e o André. Havia gente “madura “ os avós e como entretanto as
crianças cresciam, os avós transformaram-se em bisavós Durante um tempo. deixou
de haver a ingenuidade de crianças crentes, ansiosas e barulhentas .Mas
entretanto chegou o Benjamim logo seguido pela irmã e pela prima.o voltou a maravilha
dos risos infantis
O ano passado foi o último dos alegres Natais
da minha vida. Com parte da Família a viver na Holanda é natural que a minha
filha e a minha neta Sara e o seu clã passem o Natal juntos.
Não me
sinto triste, talvez apenas um pouco saudosa Decorei a casa como de costume,
continuo com o espírito de Natal dentro de mim que me faz recordar todos os
Natais que vivi. Não tenho vergonha de viver do Passado com todas as suas recordações,
boas e más. Vivo o Presente, com as inquietações que ele nos traz. Talvez o
mais difícil seja pensar no Futuro, porque sempre gostei de saber com aquilo
que posso contar e este futuro é obscuro e intranquilo.
Mas como
continuo a acreditar no Pai Natal ele deu-me um maravilhoso presente:tivemos uma consoada ao almoço com o meu filho e a minha nora
Não faltou o bacalhau com todos, as rabanadas,
as filhoses, a aletria e a felicidade de estarmos juntos
E como a
crise me tornou materialista, tive um presentinho em euros muito agradável
Comentários
Enviar um comentário