CARTA A PEDRITO
Desta vez, embora continue a ser o meu
1º ministro,dirigo-me a um rapazola que podia ser o meu filho mais novo. O que seria uma infelicidade
para mim que nunca suportei pessoas teimosas que se julgam iluminadas. Mas também
o seria para si, que em face de tanta arrogância e presunção, já estaria há uma
semana sem ver televisão e teria que ajudar a lavar a loiça do jantar. E se continuasse
a proceder sem senso e a tratar as pessoas como números (tantos desempregados,
cinco ou seis impostos a mais, dar ordens para despachar os doentes sem
esperança de cura, dar-me-ão mais tantos milhões ou biliões (andamos tantos
confusos que já nem sabemos bem o que significam) aí certamente ficaria sem mesada.
O que nunca lhe virá a acontecera si. E já agora, peça a um astrónomo que lhe
explique como funciona esse descomunal buraco negro que nos rodeia. Porque
todos nós (Zé Povinho) queremos saber para onde vão todos esses milhões que nos
tiram das algibeiras. E outra coisa: se o senhor fosse o Pedrito, meu filho,
dir-lhe-ia para avisar os seus amigos a terem tento na língua quando falam com
as pessoas. Eu sei que eles estão-se lixando
para o povão. Mas é feio.
Comentários
Enviar um comentário