REQUIEM PARA UM AMIGO
Se nascemos para morrer, então porque vivemos?
Para habitar este belo planeta azul? Somos então marionetas do Criador de tudo o que nos cerca,a quem os homens dão nomes baseados nas suas crenças?
Para apreciar as coisas belas que o Homem é capaz de criar para deleite do espírito humano. E as coisas feias que o Homem é igualmente capaz de criar com a particular tendência para as destruir?
E esta incerteza, que nasce connosco, sobre o que nos acontecerá um dia? A duvida, sobre se essa partida será o fim de tudo ou, como dizia Richard Bach “ aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.”
Hoje morreu um homem, um homem jovem, na casa dos quarenta. Não era um homem célebre, um politico palrador, um escritor afamado, um músico disputado.Mas era um homem bom, simpático, alegre, sempre gentil para os muitos clientes e amigos que o tratavam por Carlos, simplesmente Carlos, porque muitos de nós conhecíamo-lo de miúdo, de calções, como se diz. E partiu assim sem aviso nem para ele ,nem para nós, deixando-nos com o coração amargurado a nós que nem sequer éramos seus parentes, que esperávamos amanhã dizer-lhe:- Bom dia Carlos, quando fossemos comprar o jornal, , verificar o totobola ou fazer una raspadinha,; nós que na sexta--feira ao partir com uma revista de baixo do braço lhe dissemos: -Bom fim de semana
Para crescermos e multiplicarmo-nos? ( 27. Deus então criou o homem à sua imagem e o criou à imagem de Deus e o criou macho e fêmea.-28. Deus os abençoou e lhes disse: Crescei e multiplicai-vos,) Mas multiplicar-nos para quê, se o fim de todos os seres è a morte?
Para deixarmos descendentes. Depois de mortos, o que nos interessam os descendentes?
Teremos que agradecer aos nossos progenitores a vida que nos deram, com tanta coisa bela, magnifica, grandiosa mas com outras tantas repletas de horrores inimagináveis, ou amaldiçoá-los porque depois de nos ensinarem a saboreà-la, não podem impedir que a determinado momento que não escolhemos, por um motivo que não desejamos tudo nos seja tirado.
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