O TERRAMOTO DO HAITI
O Terramoto do Haiti, mostrou-me como somos muito pouco, comparado com aquilo que julgamos ser.Semi depressões imaginárias com que arruinamosa nossa vida e a dos outros; conflitos que geramos em nós sem necessidade, preocupações com as quais estragamos os nossos dias e as nossas noites, a sofreguidão com que usufruímos o dia a dia ,sem apreciarmos as coisas boas e simples que ele nos oferece: a família,da qual somos um elo na cadeia de gerações: os nossos avós,que por vezes recordamos com saudade,os nossos pais,os nossos filhos que nos deram netos,que por sua vez lhes darão netos,prolongando-nos neles; a sensação muito confortante duma reunião familiar com os seus risos, com as suas histórias; ter amigos cuja amizade ao longo dos anos é um bem precioso. E coisas mais simples: os cheiros: da terra molhada por uma chuvada recente,do mar a bater nas rochas,a calma duma solarenga tarde de inverno a caminhar no paredão do café da manhã,do pão quente, uma sopa saborosa ,acabada de fazer
Quando escrevo isto, penso: pois sim, mas não falas daqueles desgraçados que não tem tempo para apreciar essas coisas, nem família, nem dinheiro, nem conforto, os muitos Job’s que te cercam. E os que têm tudo isso e não sabem aprecia-lo?
Um terramoto como o do Haiti, iguala as pessoas. Pobres ou ricos, felizes ou infelizes, optimistas ou deprimidos, ali são todos iguais. Para quê então invejas, disputas,a incapacidade que temos, senão de esquecer,de desculpar as faltas dos outros e a ligeireza cínica como justificamos as nossas. Desavenças familiares que duram gerações, a forma como algumas pessoas dão mais valor ao que TÊM do que ao que SÃO,a indiferença com que se deixam desaparecer valores espirituais que foram conquistados ao longo de imensas gerações de seres humanos.
“Pensando em tudo quanto nos pode acontecer num dia, num instante, é difícil compreender como não enlouquecemos” é uma citação que li, de autor desconhecido.
Mas penso que devemos mesmo pensar nisso para apreciarmos o que temos no momento e agradecer ao Criador cada momento da Vida que nos dá.
Torná-lo suportável, bom ,ou mesmo magnifico ,cabe a cada um de nós consegui-lo.
Tia publique no blogue da familia este último paragrafo, pois penso que muitos de nós devem mesmo tomar consciencia de como devemos agradecer cá estar, como é bom cá estar independentemente de mais ou menos "problemazinhos", como devemos ver as coisas pela positiva, ser positivos e não nos vitimizarmos por não ter isto ou aquilo. Só o facto de "estarmos", termos familia, saúde já é uma grande dádiva que nos deve fazer felizes!
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