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A mostrar mensagens de setembro, 2008

INVESTIMENTO

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Uma amiga, daquelas que são mais que irmãs, ao ver-me tão entusiasmada com a minha nova ocupação, disse, meio a brincar:- estás a investir na tua velhice . Embora ao princípio não atentasse bem na realidade da frase , compreendi depois, como era verdadeira. A minha tarefa actual é,em colaboração com a Marjan, que através dum aparelho especial passa as cassetes de vídeo antigas para um CD, fazer com elas pequenos filmes com sequência e alguns efeitos especiais, que nos proporcionarão alegres momentos, Aconteceu isso com o casamento deles, cujas cassetes permaneceram 22 anos na situação de estarem disponíveis com todo o seu conteúdo, mas não ser nada prático visiona-las, E havia acima de todo, os vídeos do David e da Maria, desde que nasceram. Se ambas nos rimos com os vários episódios do casamento (rimos e recordamos, como se os vivêssemos novamente) os dos nossos” Grandes” em bebés, comoverem-nos. Eram tão pequenos,tão frágeis, tão queridos, nos seus passinhos "cai / não cai"

COISAS PEQUENAS SEM IMPORTÂNCIA

" UMA CRIANÇA É SEMPRE O PRODUTO DO MEIO EM QUE VIVE,DO AMOR OU INDIFERENÇA COM QUE É TRATADO" O Afonso tem cinco anos, e está vestido muito “in”: calções que parecem do irmão mais velho, camisola BENETON, sapatos de ténis ADIDAS, tipo tanque de guerra.Com esse belo e caro equipamento, limpa alegremente o chão do Centro Médico, indiferente às reprimendas da mãe, que pela centésima vez, grita (é mesmo gritar) :– Afonso levante-se do chão. É um miúdo giro que, com uma inocência feroz, jura matar os inimigos imaginários que o cercam e nos classifica rapidamente: vocês são os maus, vocês são os bons. Em nome dos meus companheiros classificados de maus, pergunto-lhe porque é que nós somos os maus. A resposta é curta: porque eu quero, eu sou o chefe! Para uma criança de cinco anos, esta resposta é um tanto perturbadora. Em que parte os brutais desenhos animados da nossa televisão, contribuirão para ela? Entretanto, porque o Afonso, enquanto brandia uma espada feita duma revista e

AS FESTAS ACABARAM

FIM DE FESTA As festas acabaram. Acabaram as Olimpíadas, embora não acabassem as opiniões sobre a nossa representação, acabaram-se as férias para os nossos filhos e netos, acabaram os sonhos daqueles que fizeram ferias a prestações e agora enfrentam a dura realidade de pagarem as referidas prestações, acabaram as Festas de Paço de Arcos. Não que sejam grandes Festas, como segundo me contam os mais antigos habitantes da Vila, chegaram a ser. O Senhor Jesus dos Navegantes, continua a sair em procissão, para ir abençoar os barcos e os pescadores. Quando vim morar para Paço de Arcos, ainda a procissão cumpria esse ritual, senão com esplendor, mas com certo enternecimento e alguma Fé. Não eram só os pescadores com os s seus barcos, mas também todos os que tinham um barquinho o engalanavam e esperavam a Bênção, talvez com uma certa descrença ( pelo sim, pelo não) mas com muita alegria Falo por experiência própria, pois para nós, pais, filhos e amigos convidados, era uma manhã muito bonita