Há tempos, falei duma adolescente que me perguntara: as pessoas de idade, só por serem velhos, têm o direito de serem implicativos, críticos intransigentes, semearem o mal-estar entre os parentes? Respondi-lhe que os idosos que são implicativos, intransigentes e semeiam mal-estar entre os familiares e amigos, não é por serem velhos: é porque sempre foram assim. Só que, quando mais novos, dominavam melhor o inconsciente e agiam com alguma contenção.
Ontem, foi a minha amiga X, quem me perguntou desconsolada: -será que os jovens, só por serem jovens, têm o direito de serem incorrectos, ignorarem as mais elementares regras de cortesia e civilidade? Respondi-lhe que não é por serem jovens, é por serem mal-educados, no justo sentido da palavra.
E a prova disso, é que existem jovens encantadores, gentis, cujos pais pensaram que tão importante como a instrução que iriam receber, era a educação que lhes transmitiriam.
A educação provem de raízes profundas, memórias de conduta que os pais receberam dos avós e estes dos pais deles. È natural em algumas famílias, faz parte constante da vida dos adultos é observada subconscientemente pelas crianças Um ambiente onde o palavrão é impossível, onde a graça pesada não tem cabimento, onde os adultos não se interpelam constantemente com gritos de irritação, onde os jovens são ensinados a respeitarem regras, que nasceram da necessidade de conseguir uma maneira de estar na vida benéfica para nós e para os outros, Essas regras mudam, adaptam-se, mas existirão sempre, embora alguns pais modernos pareçam não acreditar nisso. No entanto, elas são evidentes logo que pessoas bem-educadas e ofensivas são postas lado a lado.
Recebi há dias um diapositivo “Dez maneiras de criar um monstro” que é a prova mais real que conheço, da maneira como os pais educam um filho para se tornar uma criatura detestável.
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