VAMOS CANTAR AS JANEIRAS
Quando eu era menina tive a felicidade de ir viver para o Minho e no Minho, para a mais conservadora das cidades minhotas. Embora não sendo permitido às jovens as extravagâncias das raparigas lisboetas, tínhamos uma vida social muito activa e divertida. Neste dia de Reis, recordo com saudade o tempo em que íamos em grupo, cantar as Janeiras às casas dos pais, terminando a cantoria na habitação do organizador do ritual. Depois da ceia, era solenemente escolhido o organizador do ano seguinte.
Mas que divertidos eram os ensaios, que começavam no principio de Dezembro. davam duas ou três horas de alegre convívio e acabavam com sandes de presunto, bolos e chocolate quente. Um dia descreverei aqui, como se vivia nesse círculo de pessoas com os mesmos valores, os mesmos interesses, a mesma vontade de os guardar intactos.
Hoje, vou festejar os Reis. Vamos até cantar as Janeiras aos nossos amigos e vizinhos Manuel e Odete.
Amanhã, voltam as loiças de festa ao armário, as toalhas de Natal às gavetas, os enfeites às suas caixas, embrulhados em papel de seda azul para não perderam o brilho e as figuras do presépio, aconchegadas em plástico de embalagem, repousarão por um ano, talvez contentes por serem aliviadas de tanta luz e ruído.
Quando olhar a minha volta pensarei como tudo é perfeito: ao entusiasmo que senti quando espalhei pela sala os fios dourados, as bolas, as luzes, segue-se a agradável sensação de tudo voltar à rotina normal. Talvez isto queira mostrar, que a Vida não é uma festa continua. Os momentos de trabalho e de reflexão são tão necessários como os de divertimento e os de lazer.
Mas que divertidos eram os ensaios, que começavam no principio de Dezembro. davam duas ou três horas de alegre convívio e acabavam com sandes de presunto, bolos e chocolate quente. Um dia descreverei aqui, como se vivia nesse círculo de pessoas com os mesmos valores, os mesmos interesses, a mesma vontade de os guardar intactos.
Hoje, vou festejar os Reis. Vamos até cantar as Janeiras aos nossos amigos e vizinhos Manuel e Odete.
Amanhã, voltam as loiças de festa ao armário, as toalhas de Natal às gavetas, os enfeites às suas caixas, embrulhados em papel de seda azul para não perderam o brilho e as figuras do presépio, aconchegadas em plástico de embalagem, repousarão por um ano, talvez contentes por serem aliviadas de tanta luz e ruído.
Quando olhar a minha volta pensarei como tudo é perfeito: ao entusiasmo que senti quando espalhei pela sala os fios dourados, as bolas, as luzes, segue-se a agradável sensação de tudo voltar à rotina normal. Talvez isto queira mostrar, que a Vida não é uma festa continua. Os momentos de trabalho e de reflexão são tão necessários como os de divertimento e os de lazer.
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