REFERENDO
Nascemos sem o pedir ou desejar. Pequeno embrião, gerado propositadamente num momento de amor, ou inadvertidamente, num instante de sensualidade, nem sabemos o que é existir; não temos consciência como é o mundo onde nos vão lançar. Podemos, logo que se apercebam que nos geraram, ser ternamente amados, ou detestados por inoportunos; ser uma dádiva ou um fardo. Amados ou detestados, flutuamos num liquido quente e suave, começando cedo, a sentir impressões agradáveis ou irritantes que nos chegam do exterior. Sentir-nos-emos tranquilos, escutando uma melodia suave ou coração da nossa mãe batendo calmamente; ou estremeceremos angustiados, surpreendidos por vozes coléricas e imprecações violentas. Nascidos, espera-nos uma família que não escolhemos,mas que nos legou Genes, bons ou maus, Raça, Crenças, Hábitos predisposição para doenças, Familia que, amados ou maltratados estaremos ligados para sempre;embora quando crescermos, afirmemos,tolamente, que poderemos agir como quisermos.
E, a maior de todas as injustiças que usam contra nós, o maior dos lamentos de um ser tão vulnerável que não pediu que o gerassem: podem decidir, fingindo não perceber que temos um coração que bate, se nos destruirão ou não.Pesa nessa decisão, o custo, a inconveniência da nossa presença, a modificação dos seus hábitos e comodidades.Não pensam sequer ,em como foram descuidados,inconscientes e egoístas.
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