0 ELECTRICO 28
Para conhecer a alma duma cidade é necessário andar a pé; Para conhecer a alma e o coração de Lisboa, além de jornadear a pé, poderemos fazê-lo de carro eléctrico. O “eléctrico”, como os lisboetas chamam a esse venerável senhor, é tão típico como a cidade e descende do mais antigo transporte colectivo que ela possuiu o ”CHORA” O Carro Eléctrico não tem a velocidade do metro, nem a comodidade dum autocarro de turismo; não é um aristocrata como um Rols-Royce, nem elegante como um Ferrari. Pelo contrário, é pesado, e plebeu e por vezes quase parece um “ todo o terreno”. Apesar desses atributos negativos, que momentos extraordinário s poderá proporcionar-nos! Foi para oferecer à minha nora ( Afotografia) as emoções dessa viagem, que quase atravessa Lisboa, que numa bela manhã desta semana, embarcamos as duas no Eléctrico “28”,partindo do Largo Martim Moniz e demos inicio à descoberta da Lisboa Bairrista. Ela de máquina fotográfica nas mãos e eu contente por rever locais onde passei parte da minha infância. São 10:00 da manhã. Entramos, tomamos lugar junto duma janela (será conveniente ser do lado do passeio, pois do outro, corremos o risco, se desprevenidos, o eléctrico com o qual nos cruzaremos, passar tão próximo que a câmara do turista que nele viaja nos atinja, ou percamos a nossa. Até à GRAÇA, vão entrando e saindo passageiros Descendo sempre, chegamos às Escolas Gerais, de cujo terreiro, se saíssemos, teríamos uma bela vista do Rio Tejo e dos telhados de Alfama. Mas não sairemos, porque o nosso objectivo é atravessar a cidade, observando bairros e arquitecturas diferentes.
Tem sido sempre um dos meus "PRAZERES" mais grandes não só de viajar no 28 pelo simples prazer (com camera à mão, pois claro!) como voces as duas, mas tambem para chegar de Estrela ao meu trabalho na facultade ao pé da Assembleia da República. Faz com que ir trabalhar pode ser um encanto! E tambem é sempre um prazer em ler as tuas crónicas. Beijinhos.
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