RECORDAÇÕES DUMA BISAVÓ ENQUANTO JOVEM
Quando falo da minha juventude,parece-me que está acontecer neste momento, e esqueço-meque Braga, há sessenta anos, a mais conservadora e burguesa cidade do Minho, nada deve ter de semelhante à cidade de hoje. Mas fui tão feliz durante esses anos, que continuo a pensar que tive uma mocidade muito mais feliz do que os jovens do seculo XXI, incutindo os meus netos. Chegado o grotesco carnal dos nossos dias (na generalidade, porque acredito que ainda há pessoas e locais onde o Carnaval é apenas tempo de divertimento e de graça e não de caricaturas grosseira e de pobres moças tremendo de frio) relembro com saudade o Carnaval da minha juventude. Ele era dividido em três “actos”:o Carnaval dos aristocratas que davam bailes em suas casas, por vezes com bastante sacrifício pois a nobreza era maior que as posses,o Carnaval dos burgueses, e o Carnaval do povo.Os meus pais e os amigos estavam situados na classe do meio e como tal agiam em todas as ocasiões. No Carnaval,o costume era Os