BLOG DA MARTINA

Uma enfermaria para doentes em estado mais ao menos grave. é uma Academia da Vida. Depois de várias viagens, de casa para S. Francisco e de lá para o Egas Moniz fui finalmente colocada num espaço claro, limpo, junto de outras cinco mulheres (nos tempos que correm, até nos hospitais é melhor haver separação de sexos, nunca se sabe!)E ainda estava a remexer-me na cama, tão confortável comparada às macas por onde estivera, eis que aparece uma senhora doutora muito afável que me cumprimentou com um :- como está? (apeteceu-me responder-lhe Óptima! ) que vinha explicar-me o que eu tivera :- um ataque de coração e que no dia seguinte, (estávamos num domingo ás onze da noite) o “meu” cardiologista viria visitar-me (fiquei tão encantada com a ideia de ter um cardiologista só meu, que adormeci imediatamente graças a um copo de leite quente e um abençoado comprimido para dormir. No dia seguinte lá estava o “meu” cardiologista. Fazia parte da equipa do Dr Tal e estava encarregado do

Aqui estou eu regressada ao Blog, pela graça de Deus, como diz a minha boa gente do norte, pela competência de médicos, enfermeiros e pelos cuidados do pessoal auxiliar do H.E.Moniz, mas acima de tudo pela minha incrível sorte de amar tanto a Vida que não me deixo vencer. Desta vez, certamente porque estou mais velha ou porque senti medo, tornei-me mais piegas, mais cheia de “triquitriques”Senti a falta (ao menos dum telefonema) de alguns. Mas de súbito, apercebi-me de como estava a ser susceptível. Pois se recebia quase todos os dias, telefonemas e palavras que me animavam, de gente tão querida, como o Pedro, meu sobrinho emprestava que me comunicava os bons desejos de toda a Família ribatejana, de amigos, de vizinhos, do Sampa, meu “personal trainer” nas artes do computador, como eu lhe chamo a Brincar, porquê ficar triste por outras pessoas não terem uma palavrinha .nem que fosse apenas “Sou eu, fulano/ fulna, está melhor? Decididamente entrei na velhice. Não