APRENDENDO COM O TEMPO
À medida que os anos passam, aprendemos a viver no mundo e com o mundo.
As coisas más, nunca são inteiramente más. As intenções das pessoas que nos afagam ou nos magoam, por vezes não são tão inocentes, nem tão malévolas. Fazerem-nos um carinho, pode ser uma espécie de compra; magoarem-nos, pode ser sem intenção expressa. Somos nós que devemos discernir quanto valem na realidade essas intenções.
Há momentos tão dolorosos na nossa vida, que admitimos nada mais ter importância para nós. Acreditamos que nunca poderemos aceitar a morte dum ser querido, uma doença que nos surpreende quando julgamos estar na melhor época da nossa vida. Escandalizam-nos certas atitudes que consideramos não ter merecido; sofremos com a deslealdade de quem considerávamos um amigo. Muitas vezes receamos a solidão.
Com o passar dos anos, todas essas emoções acalmam, os pensamentos aprendem a ser racionais e finalmente, já com o coração estável e o cérebro frio, compreendemos que a vida é muito curta, que devemos aproveitá-la o mais possível,dar o verdadeiro peso e medidaàs preocupações, desejos frustrados, à inutilidade das nossas arrelias.
E mesmo os grandes traumas sofridos, a angústia de algumas situações, esfumam-se na compensação daquilo que possuímos de bom.
O Tempo vai amenizando o desaparecimento daqueles que amámos; a aproximação da nossa própria morte, assusta-nos cada vez menos; embora não esqueçamos, fazemos pôr de lado a cólera que atitudes malévolas nos causaram; e se alguém que considerávamos amigo nos feriu, é porque não era um verdadeiro amigo e apenas devemos lamentar o tempo em que nos enganou. Aprendemos até a considerar a solidão uma companheira e entender que poderemos estar mais sós vivendo com outra pessoa, do que estando sozinhas.
Eu sei que é fácil pensar assim, estando bem instalada na vida, tendo família, amigos de muitos anos e relativa saúde. Mas conheço muitas pessoas que tem tudo e parecem nada ter. O seu dia a dia é um rosário de queixas, de mágoas, de azedumes e com isso gastam a vida deles, ao mesmo tempo infernizando a vida de parentes e amigos. Por vezes até me parece que é o único prazer que têm.
Independemente da nossa idade, temos que ser prontos e dispostos à mudar os nossos conceitos e preconceitos dos outros. Exisdte gente capaz de bem esonder a sua capacidade de magoar e fazer muito muito mal. Eu após ter recibido no meu blog uma ameaça de morte de um 'anónimo', a identidade de quem já esta confirmado com a prova 100% nas minhas mãos, (quem era até recentemente um AMIGO, não posso concordar com o sentimento que exprimes no teu 2º parágrafo, Martina. Existe verdadeira mal cego là fora tambem neste mundo.
ResponderEliminarPS, se quereres responder, eu peço-te favor, agradeço que não menciones nada disto na área pública do meu blog. Está sob controlo. Obrigado e beijos.
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